O Presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (15) que a prorrogação do Auxílio Emergencial deve acontecer por mais dois ou três meses. Ele confirma portanto aquilo que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, vinha dizendo desde a semana passada.
Agora, no entanto, Bolsonaro decidiu cravar de quanto vai ser o valor dessa prorrogação. De acordo com ele, esses novos pagamentos terão uma média mensal de R$ 250 nos repasses. Ele não deixou claro se isso significa que os valores não mudarão.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o Governo Federal está pagando neste momento montantes que variam entre R$ 150 e R$ 375. O valor que fica entre esses dois repasses é justamente o de R$ 250. No entanto, o Presidente não explicou se é essa lógica que vai se repetir.
“Na situação de emergência que vivemos no tocante ao auxílio emergencial, você pode gastar um pouco mais sem se enquadrar no teto. Estamos no segundo mês de prorrogação do auxílio emergencial, teremos mais duas ou três parcelas de auxilio emergencial de média de R$ 250”, disse ele em entrevista para uma afiliada da Record TV.
Na semana passada, quando o Ministro Paulo Guedes falou sobre a prorrogação do Auxílio, ele evitou falar sobre os novos valores. De acordo com informações de bastidores, ele não tocou nesse assunto porque muito provavelmente o próprio Governo ainda não bateu o martelo sobre isso.
No entanto, a fala de Jair Bolsonaro deixa claro que mesmo que uma mudança de valores aconteça é pouco provável que os patamares de pagamentos mudem muito. E isso significa dizer portanto que a oposição deverá seguir criticando o Planalto por isso.
É que mesmo depois de dois meses de pagamentos, parlamentares de esquerda seguem dizendo que o Governo precisa aumentar esses valores. No geral, eles afirmam que as pessoas não conseguem viver apenas com esses montantes por mês.
Em sua conta oficial do Twitter, o Deputado Federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) chegou a dizer que isso se tratava de uma “covardia” do Governo de Bolsonaro. O Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que os valores fariam parte de uma “política de morte” do Presidente.
De acordo com o Governo Federal, o desejo era pagar mais, mas teoricamente eles não podem aumentar esses valores. É que eles precisam seguir a PEC Emergencial. E esse texto afirma que o Planalto tem um teto de R$ 44 bilhões para esses repasses. Se passar disso eles poderão estar cometendo um crime de responsabilidade.
Em entrevistas recentes, o Presidente Jair Bolsonaro disse que reconhece que os valores do Auxílio “são baixos”. No entanto, ele afirmou que esse patamar é o máximo que o Governo pode pagar neste momento. De acordo com ele, as pessoas devem usar esse dinheiro como um complemento de renda, e não como uma renda completa.
Nas redes sociais, críticos do Presidente argumentaram que se o país não pudesse gastar tanto, não deveria usar milhões em emendas parlamentares. Sobre esse assunto, o Governo Federal ainda não se manifestou. O Auxílio segue fazendo pagamentos a partir desta quinta (17).