O Presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou na última quarta-feira que há um novo auxílio emergencial em discussão. Sobre o novo projeto, ele avisou que “não há dinheiro no cofre” e qualquer pagamento será visto como débito no governo.
“A arrecadação esteve praticamente equivalente nos municípios tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser discutido e que eu falo: não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento. Isso é terrível também. A economia tem que pegar. Temos que voltar a trabalhar”, afirmou Bolsonaro durante um encontro com prefeitos no Ministério da Educação.
Recentemente, sob pressão, o governo afirmou considerar uma nova proposta do benefício, pago até dezembro aos carentes afetados pelos impactos do Covid-19.
A nova proposta disponibiliza apenas três parcelas no valor de R$ 200, que será pago somente a pessoas que foram comtempladas com o benefício em 2020, que estão desempregadas e não recebem o Bolsa Família.
Neste sentido, agora o governo busca maneiras para conseguir custear o auxílio sem exceder o teto de gastos do país, ou produzir uma alternativa legal ao declarar um estado de emergência, que permite fragmentação da regra.
O presidente, convencido com as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que o país não teria condições de manter o auxílio, havia afirmado várias vezes que não tinha possibilidade de uma nova prorrogação.
Contudo, o aumento de casos decorrentes da Covid-19 e dados que apontam que a maior parte das pessoas que perderam o auxílio não conseguiu outra renda, fez com que o Congresso pressionasse o governo para uma renovação do benefício.
A pressão foi ainda maior quando Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, colocaram a volta do benefício como uma das prioridades em seus núcleos neste primeiro semestre do ano.