A reformulação do Bolsa Família é uma das apostas do governo Bolsonaro para as eleições de 2022, com isso o programa também deverá mudar de nome para tirar a “marca Lula” na criação do benefício. O ex-presidente Lula e o atual, Jair Bolsonaro, devem concorrer no pleito.
Porém, o que tem preocupado o atual governo, é a queda de popularidade de Bolsonaro. Par correr atrás do prejuízo, causado pela piora da crise da Covid-19, a reformulação do Bolsa Família, que será chamado de Auxílio Brasil, é uma aposta. A ideia é mudar a imagem do atual presidente e torná-lo o responsável por uma tentativa de auxílio emergencial permanente.
É esperado que o Bolsa Família, além de mudar de nome, aumente de valor e número de beneficiários. Quanto aos valores, Bolsonaro tem sinalizado que quer aumentar 50%, chegando a R$ 300. A equipe de Guedes já defende um valor de R$ 270. Hoje, em média, os pagamentos do programa são de R$ 190.
No ano passado, por exemplo, o auxílio emergencial de R$ 600 ajudou a melhorar a popularidade do presidente, principalmente entre os mais pobres, de acordo com pesquisas. Por isso, ainda mais em época de eleição, repetir o feito é algo que o governo busca.
Um empecilho para reformulação do Bolsa Família pode ser o orçamento. Isso porque este deve atender a lei do teto de gastos e também da responsabilidade fiscal, isso poderia também limitar o investimento em outras áreas.
Para o ano de 2021, o Bolsa Família, criado no governo Lula, tem R$ 35 bilhões de orçamento. Guedes estima que para reformular o programa seriam ainda necessários mais R$ 25 a R$ 30 bilhões. A expectativa é aumentar o número dos atuais 14 milhões para 17 milhões de beneficiários.
A ideia é que o governo leve o crédito como aconteceu com o auxílio emergencial, que foi criado no Congresso, e depois de certa resistência, foi aprovado pelo governo. A primeira rodada começou com valores de R$ 1,2 mil a R$ 600, agora, porém, o valor máximo é de R$ 375. Essa última rodada do auxílio emergencial inclusive vem sendo chamada de auxílio da fome.
Falando de atitudes concretas, a Medida Provisória do Bolsa Família pode já ser lançada em agosto e os pagamentos iniciados em novembro, pelo menos é o que vem prometendo equipe do Governo Federal .