Nesta segunda-feira (24) a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda propôs algumas mudanças no programa do governo, o Bolsa Família. As alterações em relação a aumento de valor e de número de pessoas cadastradas no auxílio devem ser apresentadas durante os próximos meses.
Em entrevista ao programa Sem Censura, transmitido pelo canal TV Brasil, a ministra falou sobre temas como coronavírus, vacinas, reformas tributárias e administrativas. Além desses assuntos, ela também deixou claro que está atenta às discussões a respeito do Bolsa Família.
Segundo Flávia Arruda, “Não é uma questão do texto da Câmara ou do texto do governo. Não existe uma disputa de protagonismo e sim uma coisa prática, necessária e urgente, que eu acho que é a ampliação não só do valor, mas também dos beneficiários do Bolsa Família”.
A ministra ainda acrescentou: “Com essa pandemia e com o Auxílio Emergencial, milhões de brasileiros que eram invisíveis passaram a ser vistos pelo governo e a gente sabe da necessidade que tem dessa ampliação da distribuição de renda”. Ela também falou que já conversou sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e que entende o momento atual do país.
Não é novidade para ninguém que a pandemia do novo coronavírus afetou negativamente milhões de pessoas no mundo. No entanto, no Brasil outros diversos fatores tornaram a vida dos brasileiros mais complicada e o Auxílio Emergencial veio como refúgio. Porém, muitas famílias que já passavam por dificuldades ganharam uma maior notoriedade do governo, trazendo uma necessidade de mudanças no Bolsa Família.
Além disso, como efeito da pandemia da Covid-19, milhares de famílias perderam seus empregos e passaram da pobreza para a pobreza extrema. O número desta categoria chegou a bater a casa dos 14,5 milhões de famílias, o maior valor desde agosto de 2012. Antes da pandemia esse número era de 13,4 milhões, ou seja, cerca de 1,1 milhões de famílias entraram na linha da extrema pobreza.
Nesse contexto, é de extrema importância que o governo faça ajustes no programa para que o mesmo possa contemplar mais famílias. Ademais, o valor atual do Bolsa Família acaba apenas amenizando algumas despesas, pois é apenas um auxílio de renda básica, mas não acabando com a pobreza. No entanto, com a alta na inflação provocando aumento no valores de produtos e serviços básicos, talvez seja necessário ajustar o valor do benefício também.
O Bolsa Família é um programa que visa atender as famílias mais pobres do país, de modo a evitar a fome e a miséria. Atualmente, o programa atende mais de 13,9 milhões de famílias que se enquadram na linha da pobreza extrema ou famílias que estejam na pobreza, mas que em sua composição tenham menores de idade.
Para participar do programa, é necessário estar inscrito no Cadastro Único. Para começar a receber o benefício, a família tem uma série de requisitos para cumprir continuamente. Além disso, a seleção das famílias é feita pelo Ministério da Cidadania com base nos dados do Cadúnico dos Programas Sociais do Governo Federal.
Vale ressaltar que o valor atual do benefício básico concedido a famílias em extrema pobreza (renda mensal até R$ 89,00 por pessoa) é de R$ 89,00. Existem alguns casos especiais que os valores variam e você pode conferir isso por meio do site da Caixa. A Caixa Econômica Federal é a responsável por fazer o pagamento do benefício do Bolsa Família.