O Ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias confirmou que o adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos só será pago a partir de março. Inicialmente, se chegou a imaginar que este bônus poderia ser pago já a partir de janeiro, o que não vai acontecer.
Neste sentido, alguns usuários que possuem direito ao adicional querem saber se poderão receber algum tipo de retroativo. Como eles não devem receber este bônus em janeiro, existia uma expectativa de que pudessem acumular estes valores e receber tudo de uma vez em março. Mas isto não deve acontecer.
Em entrevista, Wellington Dias confirmou que o Governo Federal não tem intenção de pagar o retroativo para estas pessoas em março. Assim, elas devem começar a receber o valor original no terceiro mês do ano, sem nenhum tipo de acúmulo pelo tempo não recebido.
“Não (pagaremos retroativo). Nós só vamos poder fazer o pagamento a partir do cadastramento efetivado. É assim que funciona os R$ 150, é assim que funciona o próprio Bolsa Família. A partir da efetividade na entrada é que se tem o pagamento”, disse Dias quando perguntado sobre a possibilidade de um retroativo do bônus.
“No momento em que a gente tiver em fevereiro as condições de dizer ‘essa família está corretamente cadastrada, preenche os requisitos, tem crianças de até seis anos’ ela recebe o cartão dos R$ 600 mais R$ 150 por família, e o pagamento a partir do mês de março”, completou o Ministro.
O adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade foi uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado. Lula afirmou que pagaria este montante já a partir de janeiro de 2023.
A ideia de pagar este adicional é fazer com que famílias maiores recebam valores maiores do que aqueles que são depositados para pessoas que moram sozinhas. O desenho do antigo Auxílio Brasil não previa este tipo de diferenciação.
De toda forma, mesmo que o novo governo pague o adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos, o programa ainda poderia seguir desigual. Afinal de contas, famílias numerosas com crianças apenas acima de seis anos seguiram recebendo os mesmos R$ 600.
Ainda nesta quarta-feira (11), Dias foi indagado sobre a possibilidade de retirada do Brasil do Mapa da Fome. Na oportunidade, o ministro argumentou que este normalmente é um processo demorado, porém, indicou que pretende conseguir o feito até o final deste mandato de Lula.
“A primeira grande pesquisa sobre o tema vai sair em julho, e eu já estou prevendo: não tem como tirar o Brasil do Mapa da Fome até lá. Mas estamos trabalhando com todo o esforço, inclusive com a participação de organismos internacionais e de outros parceiros diversos para que a gente possa avançar o mais aceleradamente possível”, disse ele
“O programa Fome Zero – que depois virou Bolsa Família – começou em 2003 e só em 2014 completou as condições para o Brasil sair do Mapa da Fome e do Mapa da Insegurança Alimentar. Nós estamos trabalhando na perspectiva de ainda no mandato termos a condição de retirada do Brasil do Mapa da Fome.”