O Governo Federal pretende reformular o Bolsa Família para o último trimestre deste ano, e planeja adicionar mais 4 milhões de famílias ao novo programa. Além disso, o governo também estuda elevar o valor médio do benefício de R$ 190 para R$ 250, com o apoio dos ministérios da Economia e da Cidadania.
Segundo fontes do governo, para este ano existe capacidade financeira de ampliar o Bolsa Família, já que o Auxílio Emergencial diminuiu os gastos com o programa. Ademais, para o próximo ano, o governo planeja uma ampliação do teto de gastos, para que seja possível aumentar os recursos investidos no programa social.
Atualmente, 14,6 milhões de famílias de baixa renda são beneficiárias do Bolsa Família. Nesse sentido, com a ampliação do programa, o alcance do benefício deve chegar a 18,6 milhões. Esse número representa aproximadamente metade das famílias que recebem o Auxílio Emergencial.
Essa notícia vem em conjunto com a prorrogação do Auxílio Emergencial que foi anunciada nesta segunda-feira (7) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O Governo Federal confirmou que o benefício vai se estender por mais 2 meses, e funcionar da mesma maneira, e com os mesmos valores.
Deste modo, o Auxílio Emergencial continuará na faixa de R$ 150 a R$ 375. Para famílias de uma pessoa só, ou seja, quem mora sozinho, o valor das parcelas é de R$ 150. Já para famílias de duas ou mais pessoas o valor é de R$ 250. As mães chefes de família monoparental recebem a maior quantia, de R$ 375.
Além disso, Guedes voltou a falar sobre o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e sobre o Bonûs de Incentivo à Qualificação (BIQ). Porém, ele já diminuiu os valores comentados para os benefícios, de R$ 300 para R$ 275.
Sobre os projetos de inclusão no mercado de trabalho, o ministro comentou: “Achamos que vai ter um aumento muito rápido do nível de emprego. Na verdade, uma redução do desemprego, tirando esses jovens das ruas e levando-os à qualificação profissional. Vamos pegar onde o desemprego é maior: no jovem nem-nem (que nem estuda nem trabalha)”
A proposta de reformular o Bolsa Família, junto da prorrogação do Auxílio Emergencial e a criação de novos programas de inclusão, são uma estratégia do governo já pensando nas eleições do ano que vem. Nesse sentido, as ações vêm sendo antecipadas, pois, em ano de eleição há limite de gastos que indiquem motivação eleitoral.
Além disso, o governo também está estudando dar um estímulo para quem recebe o BPC e tem condições de voltar a trabalhar, mas não volta por medo de perder o direito ao benefício.
Por fim, em relação à prorrogação do Auxílio Emergencial, a proposta inicial discutida entre a equipe econômica e o Ministério da Cidadania era de se estender por mais 3 meses. No entanto, o ministro João Roma (Cidadania) quer lançar ainda em setembro o novo Bolsa Família. Segundo fontes que relataram ao blog do G1, o intuito é já ter nos últimos meses do ano um programa que sirva de “carro-chefe” eleitoral para o governo em 2022.