De acordo com os dados oficiais mais recentes, algo em torno de 2,3 milhões de pessoas estão na fila de espera do Bolsa Família. São portanto brasileiros que estão com o cadastro ativo no Cadúnico e que atendem a todos os critérios para o recebimento do programa. No entanto, eles não estão recebendo esse dinheiro.
Quem fez uma divulgação desses números foi o Consórcio Nordeste. De acordo com a entidade, a maioria das pessoas que deixaram de receber o dinheiro do projeto estão na região deles. Enquanto isso, Sudeste, Sul e Centro-Oeste tiveram um crescimento neste mesmo período. É o que se sabe.
Antes, o dado mais recente que se tinha era o de 1,2 milhão de pessoas que estavam nesta fila. Este, aliás, era um número que tinha divulgação do próprio Ministério da Cidadania, que é a pasta responsável pelo pagamento dos benefícios. Os dados do Consórcio Nordeste tomam como base informações de junho.
Isso quer dizer portanto que mesmo essa nova revelação pode não ser tão nova assim. Acontece que de lá até aqui, esse número pode ter diminuído ou mesmo crescido. O que se sabe é que muita gente ainda afirma que precisa de auxílios neste momento difícil para o país nas mais diversas áreas.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, algo em torno de 4 milhões de pessoas estão recebendo o dinheiro do Bolsa Família. O número parece pequeno, mas é que parte dos beneficiários do programa acabaram migrando para o Auxílio Emergencial ainda no último mês de abril.
A promessa do Governo Federal é que essa fila de espera para o novo Bolsa Família deverá zerar dentro de mais algumas semanas. E a tendência é que isso vai acontecer a partir do momento em que a nova ideia entrar em cena.
E isso já tem até data para acontecer. De acordo com o Palácio do Planalto o projeto vai começar os seus pagamentos em novembro. Como a promessa é fazer um benefício turbinado, então mais gente vai passar a receber esse dinheiro.
E é justamente aí que se imagina que as pessoas desta fila terão prioridade. Eles deverão passar a fazer parte do projeto a partir de novembro. Além deles, há também a expectativa de que mais gente acabe entrando no programa.
O problema mesmo estaria no próximo ano. Para esses meses finais de 2021, o Governo Federal já teria garantido os recursos para o pagamento do projeto turbinado. Para 2022, ainda não há nada garantido.
De acordo com o Ministro da Economia, o Governo Federal ainda precisa do Congresso Nacional para fazer essa confirmação. Os deputados e senadores teriam que aprovar uma série de textos nas próximas semanas.
Entre eles podemos citar a PEC dos precatórios, a Reforma do Imposto de Renda e a própria Medida Provisória (MP) do novo Bolsa Família. Esse texto, aliás, deverá perder validade no fim deste ano. Isso quer dizer portanto que ele precisa da aprovação do Congresso o quando antes.