Depois de mais de uma década de pagamentos, o programa Bolsa Família, tal qual conhecemos hoje, está entrando no seu último mês de existência. E quem está dizendo isso é o próprio Governo Federal. Agora em outubro, a Caixa Econômica Federal vai fazer os últimos repasses para os beneficiários.
Criado em 2004, ainda sob o Governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa teve como objetivo atender pessoas que passavam por necessidades financeiras. Apesar de ser costumeiramente ligado ao PT, o projeto acabou passando ileso pelos governos de Michel Temer (MDB) e por parte da gestão de Jair Bolsonaro.
Agora, ele deve chegar ao fim para dar lugar a um programa que promete ser maior. A ideia central do Governo Federal é fazer com que o novo benefício atenda mais gente do que a atual versão. Além disso, eles querem que o projeto pague uma média maior em suas mensalidades.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, o Bolsa Família atende algo em torno de 14,6 milhões de brasileiros. Trata-se portanto de um dos maiores números da história do programa. Só que também neste momento, cerca de 2,2 milhões estão na fila de espera. São cidadãos que atendem todas as regras do projeto, mas que ainda assim estão fora dos repasses.
Ainda de acordo com o Ministério da Cidadania, que é a pasta que responde pelo programa, o novo Bolsa Família paga neste momento uma média de R$ 189 para os seus usuários. Esse valor é maior do que o que se registrou em muitos anos dos governos do PT. No entanto, é preciso lembrar que por causa da inflação, o poder de compra desses usuários, na verdade, caiu.
Na prática, isso quer dizer portanto que as pessoas estão podendo comprar mais itens do que podiam há alguns anos atrás. E isso mesmo considerando que o valor médio do programa subiu. É que neste mesmo meio tempo, o custo de vida do país deu um salto justamente por causa da inflação.
O Governo quer mudar essa história a partir de novembro. É verdade que eles não estão revelando muitos detalhes sobre esse novo projeto. Só que de acordo com informações de bastidores, alguns pontos estão próximos de um acordo.
O valor médio do programa, por exemplo, deverá subir dos atuais R$ 189 por mês para cerca de R$ 300. Além disso, a quantidade de usuários deverá subir dos 14,6 milhões de agora para algo em torno de 17 milhões de usuários.
Essas mudanças deverão fazer com que essa fila de espera, que contém cerca de 2,2 milhões de brasileiros, chegue ao fim. Como dito, isso é apenas uma expectativa. Ainda não há uma confirmação oficial por parte do Governo Federal.
O mês de outubro pode ser o fim não apenas do Bolsa Família. O Auxílio Emergencial do Governo Federal também pode estar com os dias contados. Pelo menos é o que mostra o calendário oficial do programa em questão.
De acordo com informações da Caixa Econômica Federal, os últimos pagamentos do Auxílio Emergencial deverão acontecer também no final deste mês de outubro. Logo depois, o projeto deixaria de existir.
Só que neste caso, há a possibilidade de uma nova prorrogação. Segundo informações de bastidores, há quem diga que o programa vai ganhar mais seis meses de duração. O Governo Federal ainda não deu uma resposta oficial sobre essa especulação