Economia

Bolsa Família entra em fase final ainda sem substituto definido

O Bolsa Família foi criado em 2003 e virou o principal programa de política pública de distribuição de renda e redução de desigualdades sociais no Brasil. Agora, o programa está em sua fase final. O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) já manifestou a intenção de acabar com o programa e substituí-lo por outro, que pode ser ainda mais abrangente.

Atualmente, o programa contempla mais de 13 milhões de famílias brasileiras que vivem em situação de pobreza e de extrema pobreza. O programa lançado pelo então presidente Luiz Inácio Lula de Silva (PT) deve ser substituído pelo Renda Cidadã, que deve ter cobertura mais ampla. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Bolsa Família foi capaz de reduzir a pobreza em até 15% e a extrema pobreza em até 25%.

Até agora, o governo falou brevemente sobre o Renda Cidadã, mas ainda não deu detalhes sobre o novo programa, como a forma que ele será financiado e quem será contemplado. O governo encontra dificuldade para o financiamento do novo programa; ao afirmar que financiaria com dinheiro do Fundeb, por exemplo, o mercado reagiu mal e o governo voltou atrás.

A expectativa é de que o Bolsa Família – assim como o auxílio emergencial – deve chegar ao fim em dezembro deste ano. Com isso, o substituto, ainda indefinido, deve sair do papel e ser lançado em janeiro de 2021.