Recentemente, o ministro Wellington Dias falou sobre o potencial do Bolsa Família no combate à extrema pobreza. De acordo com ele, o objetivo do programa social é retirar as pessoas desta condição de forma definitiva.
A fala do chefe do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome ocorreu na última quarta-feira, 21 de junho. Assim, ele defende que o novo valor do Bolsa Família, ou seja, cotas extras, poderá tirar 18,5 milhões de famílias da extrema pobreza.
“Agora, o Bolsa Família não é só ali um momento de transferir uma renda, ele é uma rede de proteção para tirar pessoas da extrema pobreza e nunca mais deixar voltar à pobreza”, explicou.
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O programa de transferência de renda sofreu diversas mudanças com a nova gestão do Governo Federal. Desse modo, a intenção é que estas alterações possam contribuir para a diminuição da desigualdade social.
O ministro destaca que a melhoria da condição social destas famílias é fruto da volta do valor per capita e não mais em uma quantia fixa a todos os beneficiários. Isto é, modelo que do Auxílio Brasil, programa social criado na gestão de Jair Bolsonaro.
Na época, então, o formato do Bolsa Família recebeu duras críticas de especialistas, pois favorecia o aumento da desigualdade entre os próprios beneficiários do programa. Isso ocorria visto que a medida conferia o pagamento dos mesmos R$ 600 a todas as famílias, independentemente do número de membros.
Além disso, outro ponto que favorece a ascensão econômica das unidades familiares é a concessão da cota adicional de R$ 50. Este valor se destina a famílias que possuem crianças e adolescentes de 7 a 18 anos incompletos, gestantes e nutrizes em sua composição.
Segundo o líder da pasta, as famílias que participam do programa terão renda per capita, ou seja, por pessoa, superior aos R$ 218.
“Uma família de 5 pessoas vai ter lá R$ 1.100 todo mês”, pontuou Wellington Dias.
Ademais, ele também salientou que a família só irar deixar de receber os valores do benefício quando a renda per capita mensal estiver acima dos R$ 660.
“Mas não sai do cadastro, a qualquer momento, se cair a renda, se perder o emprego, a proteção tá lá”, detalhou Dias
Com as alterações no novo Bolsa Família, a medida alcança uma marca histórica desde sua criação. Durante este mês de junho, então, o benefício chegou ao valor médio de R$ 705,40.
Os valores totais repassados pelo Governo Federal também apresentaram um aumento, ficando perto dos R$ 15 bilhões neste mês.
O calendário de junho do benefício começou no último dia 19. Isto é, quando receberam os beneficiários com o último dígito do Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.
O número total de núcleos familiares na medida se manteve o mesmo do mês anterior, 21,2 milhões. Isso significa que o programa deve chegar a cerca de 54 milhões de cidadãos brasileiros.
Segundo a regulamentação atual do Bolsa Família, o benefício continua contando com o valor mínimo de R$ 600.
Contudo, a medida conta com um valor complementar de R$ 150 a famílias que apresentam crianças de 0 a 6 anos em sua composição. Além disso, houve a incorporação de outros R$ 50, recentemente, a famílias que possuem crianças e adolescentes de 7 a 18 anos, gestantes e nutrizes.
Atualmente, podem participar do programa Bolsa Família todas as unidades familiares que apresentem renda per capita mensal, ou seja por pessoa, de até R$ 218.
É importante frisar que, para participar do benefício, será necessário que o cidadão esteja no Cadastro Único (CadÚnico). Trata-se, portanto, da principal plataforma de dados sociais do Governo Federal. Em conjunto, também é necessário que a família esteja com todas as suas informações atualizadas há, pelo menos, dois anos.
O cidadão de inscrever no CadÚnico em uma das unidades dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) de cada município.
Segundo o calendário oficial do Ministério do Desenvolvimento Social, pasta responsável pela coordenação da medida, juntamente com a Caixa Econômica Federal, instituição bancária estatal que atua na operacionalização financeira do programa, as parcelas do Bolsa Família para este mês se encontram da seguinte maneira:
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Assim, os pagamentos seguem o mesmo formato, ou seja, de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) de cada cidadão.
Durante este mês de junho, o Governo Federal também efetua o pagamento do Auxílio Gás. Isto é, compensação financeira a famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade econômica. O benefício, com pagamento a cada dois meses, segue o mesmo calendário do Bolsa Família.
Em todo o país são mais de 5,62 milhões de pessoas amparadas pelas parcelas da medida, que neste mês, conta com o valor médio de R$ 109. Ao todo, portanto, mais de 612,9 milhões são direcionados pelo Governo Federal ao pagamento do auxílio.
Atualmente, a Região Nordeste do país é a que concentra o maior número de contemplados, sendo 2,7 milhões de famílias, o que totaliza um investimento de R$ 294 milhões.
Em seguida aparece o Sudeste, com 1,8 milhão de famílias e repasses de R$ 198 milhões. A Região Norte conta com 543 mil famílias atendidas e R$ 59 milhões em recursos.
Por fim, as regiões Sul e Centro-oeste do País, possuem 359 mil famílias e R$ 39 milhões e 191 mil e R$ 20 milhões, respectivamente.
O estado de São Paulo é a unidade federativa que apresenta o maior número de famílias contempladas em todo o Brasil, com mais de 729,5 mil.
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Os valores do Auxílio Gás e do Bolsa Família podem ser recebidas nas agências físicas da Caixa, casas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e também por meio do aplicativo Caixa Tem.