Com investimentos renovados e uma atenção especial, o programa Bolsa Família tornou-se a peça central do atual governo, alcançando resultados surpreendentes.
Uma pesquisa conjunta da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Banco Mundial, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), revelou o impacto positivo do Bolsa Família.
Um dos principais objetivos do governo era reduzir o grau de vulnerabilidade social dos brasileiros. Contudo, o Bolsa Família desempenhou um papel fundamental nessa missão.
Desse modo, para atingir esse objetivo, o programa foi revitalizado com um novo modelo, que incluiu maiores investimentos e reformulações.
Em janeiro deste ano, cerca de 4,5 milhões de famílias que faziam parte do programa viviam abaixo da linha da pobreza. Naquele período, o programa tinha 21,7 milhões de famílias beneficiárias, um número que foi herdado do Auxílio Brasil, criado em 2021, no governo anterior.
No entanto, em setembro, apenas 1,5 milhão de famílias permaneceram na faixa de pobreza, embora o número total de beneficiários tenha diminuído. Assim, em setembro, o programa atendeu um total de 21,27 milhões de famílias, com 550 mil novas famílias ingressando no programa neste mês.
Em suma, para determinar a condição de pobreza, considerou-se que qualquer família com renda igual ou inferior a R$ 218 por pessoa estava nessa situação.
No entanto, a extrema pobreza era definida quando um grupo possuía uma renda igual ou inferior a R$ 109 por pessoa. Segundo dados do MDS, não havia mais famílias nessas condições recebendo o Bolsa Família.
O sucesso do Bolsa Família pode ser atribuído ao aumento do valor do benefício. Desde janeiro, a quantia mínima repassada para cada família, independentemente de sua composição, aumentou para R$ 600, em comparação aos R$ 400 pagos pelo Auxílio Brasil.
Além disso, crianças, jovens e gestantes começaram a receber um bônus adicional. A partir de março, crianças de até 6 anos passaram a receber R$ 150, enquanto os jovens de até 18 anos e as gestantes recebiam R$ 50. Dessa forma, esse novo modelo beneficiou especialmente as famílias numerosas, que agora tinham direito a um valor total maior.
Especialistas acreditam que uma reconfiguração do Bolsa Família é necessária para aprimorar ainda mais o programa. Shireen Mahdi, uma das economistas do Banco Mundial, defende a ideia de pagar um valor mínimo para cada membro da família em vez de uma quantia única para o grupo.
Uma vez que isso significa eliminar o pagamento mínimo por família e garantir uma quantia base para cada indivíduo que a compõe. Essa abordagem poderia tornar o programa mais equitativo, atendendo às necessidades específicas de cada membro da família e contribuindo para reduzir ainda mais os níveis de pobreza no Brasil.
Em resumo, o Bolsa Família provou ser uma ferramenta eficaz na luta contra a pobreza, retirando 3 milhões de famílias da linha da pobreza desde o seu relançamento. Visto que o aumento do valor do benefício e a inclusão de bônus para crianças, jovens e gestantes desempenharam um papel crucial nesse sucesso.
No entanto, a discussão sobre uma reformulação do programa para torná-lo ainda mais eficiente e equitativo continua. De modo geral, o Bolsa Família, sem dúvida, é um pilar essencial na busca por um Brasil mais justo e igualitário.
Contudo, é válido ressaltar que para continuar recebendo o benefício do Bolsa Família, é necessário atualizar o Cadastro Único (CadÚnico). Visto que ele é utilizado como base para o pagamento do benefício, bem como para garantir a elegibilidade de seus atuais complementos.