Em março, o Governo Federal vai inicar os pagamentos do adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade. Este bônus deveria ter começado a ser pago em janeiro, mas o poder executivo optou por adiar um pouco mais o início das liberações.
Contudo, o cidadão não mais precisa se preocupar com a demora. Ao menos é o que garante o Ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT). Em entrevista ele garantiu que o adicional vai mesmo começar a ser pago no próximo mês de março.
“Estamos trabalhando em torno do pagamento, a partir de março, da nova versão do ‘Bolsa Família’ acrescido de R$ 150 por criança de zero a seis anos. A Caixa é uma parceira muito importante na operacionalização desses repasses”, disse o Ministro em uma entrevista para o site oficial do Ministério publicada nesta semana.
O adicional de R$ 150 por filhos menores de idade foi uma das principais promessas do presidente Lula (PT) nas eleições do ano passado. Ele disse que pagaria o bônus a partir de janeiro para todas as famílias que registraram crianças dentro desta faixa etária no sistema do Cadúnico do Governo Federal.
Ao chegar ao poder, Lula mudou de ideia e decidiu começar os pagamentos apenas a partir de março. Membros do poder executivo alegam que esta liberação do adicional só pode acontecer depois da realização do pente-fino, que segue ocorrendo normalmente neste mês de fevereiro, e que deverá ter resultado divulgado em breve.
Na mesma entrevista, Dias elogiou a condução do processo de pente-fino do Cadúnico. Trata-se do sistema que vai definir quem são as pessoas que realmente podem receber o dinheiro do Bolsa Família, e quem será retirado do projeto.
“Acredito que com esses procedimentos vamos ter de volta um Bolsa Família robusto e chegando, de fato, à população mais carente do Brasil. É assim que vamos melhorar a qualidade de vida das pessoas”, relatou o MInistro sem citar a possibilidade de cortes.
Na última semana, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) disse que a possibilidade de corte não só existe como é provável. Ela disse ainda que é possível que algo entre 1 milhão e 2 milhões de pessoas sejam excluídas do projeto nas próximas semanas.
O Ministro Wellington Dias defendeu o seu trabalho à frente do Ministério do Desenvolvimento Social. Entretanto, ele lembrou que neste momento inicial há um processo de transição para “melhorar” a situação das pessoas mais humildes no país.
“Vamos ter parcerias para grandes desafios, como trabalhar a estratégia para o Bolsa Família, no conceito amplo que foi o programa desde a sua origem, também no aprimoramento do projeto para a primeira infância, além de trabalhar parcerias no setor público e no setor privado, voltadas para a área da inclusão.”
O Ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), concordou. “Discutimos o redesenho do Bolsa Família, a revisão do Cadastro Único, além da regularização da fila para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Precisamos colocar a casa em ordem e garantir o auxílio necessário para os brasileiros e brasileiras que mais precisam”, disse.