A Caixa Econômica Federal iniciou nesta quinta-feira (18) o pagamento da parcela de janeiro do Bolsa Família a milhões de beneficiários em todo o país.
Os repasses acontecem de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) dos usuários. Assim, um novo grupo de segurados está tendo acesso aos valores a cada dia útil.
Em resumo, o Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país e vem ajudando famílias brasileiras que estão em situação de vulnerabilidade. A parcela mínima no país é de R$ 600 por beneficiário, mas o valor pode cair para metade para um grupo específico de inscritos.
Nesta semana, o primeiro grupo de beneficiários já recebeu o direito de acessar o valor do Bolsa Família. Contudo, muitos deles estão recebendo bem menos que o valor mínimo de R$ 600. Inclusive, nem todos conseguem entender o motivo que os faz receber um valor menor.
Aliás, a notícia ainda preocupa muitas pessoas que dependem exclusivamente do benefício para terem alguma renda no mês. Entretanto, vale destacar que a redução do valor não atinge todos os usuários. De todo modo, é importante falar sobre a Regra de Proteção do Bolsa Família, que envolve a redução do valor.
O Bolsa Família foi retomado no Brasil em março do ano passado pelo governo Lula, que promoveu várias mudanças no benefício. O novo governo extinguiu o Auxílio Brasil, que havia sido criado em 2021, durante o governo do ex-presidente de Jair Bolsonaro, justamente para ficar no lugar do Bolsa Família.
Em suma, o reformulado programa social substituiu a Regra de Emancipação do Auxílio Brasil pela Regra de Proteção do Bolsa Família. Anteriormente, os usuários poderiam ingressar no Bolsa Família caso tivessem uma renda de até R$ 210 por pessoa da família. Com a nova regra, o valor subiu para R$ 218 mensais.
No entanto, as famílias que já são seguradas do Bolsa Família e registram aumento da renda, superando o valor de R$ 218 por pessoa, não perdem o benefício de imediato. Contudo, isso acontece apenas para as famílias cuja renda por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo (R$ 706).
As famílias que se enquadram nesta realidade recebem metade do benefício por mais dois anos para conseguir controlar as finanças, possuindo mais possibilidades de organizar as dívidas e contas até que o benefício deixe de ser pago. Nesse período, o governo pagará 50% do valor da parcela que as famílias tinham direito, incluindo os adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.
Em primeiro lugar, cabe salientar que o Bolsa Família possui três principais objetivos:
Em suma, as famílias que registram aumento na renda e conseguem sair do grupo das pessoas mais vulneráveis do país, perdem o direito de receber o benefício. Isso porque existem alguns requisitos que devem ser atendidos para que as pessoas tenham direito ao Bolsa Família, e a renda é um deles. Caso isso não aconteça, não há como receber a parcela do benefício.
Em outras palavras, o Governo Federal poderia retirar imediatamente as famílias que deixam de cumprir todos os requisitos do programa de transferência de renda. Contudo, a Regra de Proteção do Bolsa Família garante o recebimento de 50% do valor por mais dois anos, em caso de aumento de renda que supere os R$ 218 por pessoa no mês, limitado a R$ 610.
De acordo com o Governo Federal, cerca de 2,4 milhões de famílias estão na Regra de Proteção do Bolsa Família em janeiro. A saber, o benefício médio do mês pago a estas famílias foi de R$ 373,07, valor bem maior que 50% da parcela mínima de R$ 600. O valor ficou bastante elevado por causa dos benefícios adicionais pagos aos usuários.
Veja abaixo quais são os benefícios adicionais do Bolsa Família em janeiro: