A Base Nacional Comum Curricular, implementada em 2018 pelo governo federal, será alvo de discussão na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados nos dias 31 de maio e 2 de junho. O ciclo de debates foi proposto pelos deputados Rogério Marinho (PSDB-RN) e Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO).
A base vem sendo motivo de pautas há muitos anos. Desde a Constituição Federal de 88, já era prevista a criação de uma Base Nacional Comum Curricular para o ensino.
O documento serve como norteador para as instituições de ensino das redes municipais, estaduais e federal em todo o país.
Educadores como diretores, gestores escolares, professores devem implementar as diretrizes estabelecidas pela base e que são aprendizagens essenciais para serem trabalhadas em sala de aula, garantido o direito ao desenvolvimento pleno de todos os estudantes.
As 10 competências gerais da BNCC
A BNCC contempla diversos aspectos do desenvolvimento de uma pessoa, como a parte cognitiva, social e pessoal. Ela estabelece 10 competências gerais que servem para direcionar as áreas de conhecimento e seus respectivos componentes curriculares. Conheça todas elas abaixo:
- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender e explicar a realidade, colaborando para a construção de uma sociedade democrática e justa;
- Exercitar a curiosidade intelectual, recorrendo à investigação, análise crítica, imaginação e criatividade para analisar causas. Com isso, o intuito é elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas, criando soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas;
- Valorizar as manifestações artísticas e culturais, participando de práticas diversificadas da produção artístico-cultural;
- Utilizar diferentes linguagens, como a verbal, corporal, visual, sonora e digital, assim como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica. O objetivo é conseguir expressar e partilhar informações, ideias, experiências e sentimentos em diferentes contextos;
- Compreender os recentes sistemas digitais de informação e comunicação, de maneira crítica e ética nas mais diversas práticas sociais. Com isso, espera-se melhores resultados para comunicar e divulgar as informações, tornando possível produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo na vida pessoal e coletiva;
- Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais, apropriando-se de conhecimentos e experiências que possibilitem entender as relações do mundo do trabalho. Nesse sentido, espera-se que os alunos façam escolhas mais alinhadas ao exercício da cidadania e, também, ao seu projeto de vida, contando com autonomia, liberdade, consciência crítica e responsabilidade
- Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global. Isso visando o desenvolvimento de um posicionamento ético em relação tanto ao cuidado de si mesmo e dos outros quanto do meio em que se vive;
- Conhecer e cuidar da saúde física e emocional, compreendendo a diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade de lidar com elas de forma equilibrada;
- Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade dos grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza;
- Agir com autonomia para tomar decisões de maneira pessoal e coletiva, com base em princípios éticos, inclusivos, democráticos, sustentáveis e solidários.