Os oceanos reduziram os efeitos do aquecimento global por milhares de anos, absorvendo dióxido de carbono. Agora, a química básica dos oceanos está mudando por causa de nossas atividades, com consequências devastadoras para a vida marinha. Uma delas é a acidificação.
Entenda mais sobre o assunto nos tópicos a seguir!
Não é nenhum segredo que o aquecimento global é um grande problema. Uma das principais causas do aquecimento global é a liberação de dióxido de carbono, principalmente por meio da queima de combustíveis fósseis e da queima de vegetação.
Com o tempo, os oceanos ajudaram nesse problema, absorvendo o dióxido de carbono em excesso. De acordo com especialistas, os oceanos absorveram quase metade das emissões de combustíveis fósseis que geramos nos últimos 200 anos.
Conforme o dióxido de carbono é absorvido, ele reage com a água do oceano para formar ácido carbônico. Esse processo chama-se acidificação do oceano.
Com o tempo, esse ácido faz com que o pH dos oceanos diminua, tornando a água do oceano mais ácida. Isso pode ter consequências drásticas sobre os corais e outras formas de vida marinha, com impactos em cascata nas indústrias de pesca e turismo.
Em uma escala de pH, 7 é neutro, com 0 o mais ácido e 14 o mais básico. O pH histórico da água do mar é de cerca de 8,16, situando-se no lado básico da escala.
O pH de nossos oceanos caiu para 8,05 desde o início da Revolução Industrial. Embora isso possa não parecer grande coisa, é uma mudança maior em magnitude do que em qualquer momento nos 650.000 anos anteriores à Revolução Industrial. A escala de pH também é logarítmica, de modo que uma ligeira mudança no pH resulta em um aumento de 30% na acidez.
Outro problema é que, uma vez que os oceanos se “preencham” com dióxido de carbono, os cientistas acreditam que os oceanos podem se tornar uma fonte de dióxido de carbono, em vez de um sumidouro. Isso significa que o oceano contribuirá para o problema do aquecimento global ao adicionar mais dióxido de carbono à atmosfera.
Os efeitos da acidificação dos oceanos podem ser dramáticos e de longo alcance e afetarão animais como peixes, crustáceos, corais e plâncton. Animais como amêijoas, ostras, vieiras, ouriços e corais que dependem do carbonato de cálcio para construir conchas terão dificuldade em construí-los e proteger-se, pois as conchas serão mais fracas.
Além de ter conchas mais fracas, os mexilhões também têm uma capacidade reduzida de agarrar, pois o aumento do ácido enfraquece seus fios de bissal.
Os peixes também precisarão se adaptar às mudanças de pH e trabalhar mais para remover o ácido de seu sangue, o que pode afetar outros comportamentos, como reprodução, crescimento e digestão de alimentos.
Por outro lado, alguns animais, como lagostas e caranguejos, podem se adaptar bem à medida que suas conchas ficam mais fortes em águas mais ácidas. Muitos dos possíveis efeitos da acidificação dos oceanos ainda permanecem em estudo.
E então, gostou de conhecer mais sobre o assunto?
Não deixe de ler também – Biologia: Documentários sobre preservação do planeta Terra