No Brasil, milhares de famílias contam com benefícios sociais para garantir uma vida mais digna. Recentemente, um novo decreto governamental trouxe mudanças relevantes sobre o acesso a esses auxílios. Muitos se perguntam: a partir de agora, será obrigatório apresentar biometria para continuar recebendo programas como o Bolsa Família, o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e outros auxílios?
Com a publicação do Decreto nº 12.561, o Cadastro Único (CadÚnico) passará por um processo de modernização. O governo anunciou, de surpresa, que a identificação biométrica será exigida em breve, com o objetivo de aumentar a segurança e proteger os recursos públicos.
Não há, por enquanto, liberação imediata baseada apenas em biometria, mas a transição gera incertezas e expectativas entre beneficiários. Entenda abaixo o que muda com essa exigência e como será o processo de transição.
O Governo Federal determinou a exigência da biometria para quem deseja acessar qualquer benefício social vinculado ao Cadastro Único. Com mais de 80 programas federais, estaduais e municipais cadastrados, o CadÚnico passou a ser alvo de iniciativas para garantir maior precisão nos dados dos beneficiários.
A medida busca interromper pagamentos indevidos por duplicidade de cadastro e aumentar a eficiência na gestão dos recursos destinados às famílias de baixa renda.
A principal motivação do Decreto nº 12.561 é proteger o sistema contra fraudes, evitando que pessoas utilizem dados falsos ou duplicados para receber benefícios. Com a identificação biométrica, cada cidadão será reconhecido de maneira única, tornando mais difícil o uso indevido de informações e impedindo a concessão de benefícios a terceiros sem direito.
A obrigatoriedade da biometria, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) ainda não está valendo imediatamente. A implantação começará 120 dias após a publicação do decreto. A previsão é que comece em novembro de 2025, com um cronograma de implementação gradual, anunciado pelo Governo Federal. Até o início oficial, o beneficiário não precisa ir ao CRAS ou qualquer agência apenas por causa dessa medida. Todas as instruções serão divulgadas com antecedência para que todos possam se adaptar.
A Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos será responsável pelo planejamento, divulgação do cronograma e adoção dos protocolos de coleta e armazenamento dos dados biométricos. É importante esclarecer que as etapas seguirão as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e as orientações da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), com o intuito de resguardar a privacidade de todos.
Se o beneficiário já tem biometria registrada em algum órgão público, como na emissão da CNH, passaporte ou título de eleitor, o novo procedimento considerará essa informação. Ou seja, não será preciso fazer novamente o cadastro se já houver dados biométricos em bancos de dados oficiais. Essa flexibilização busca facilitar a vida dos brasileiros e evita deslocamentos desnecessários.
Muitas pessoas ficaram preocupadas com a notícia e pensaram em procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) imediatamente para se antecipar à biometria. O Ministério do Desenvolvimento informa que não há necessidade de agir por enquanto. O governo pede que a população aguarde novas orientações oficiais, uma vez que a implementação será por etapas e datas serão divulgadas.
Apenas os cidadãos que ainda não possuem registro biométrico em nenhum órgão do Governo Federal, estadual ou municipal serão chamados para o procedimento. O governo orientará quem vai precisar comparecer para coleta de dados, evitando filas e tumultos. O objetivo é organizar o fluxo de atendimento para garantir eficiência e respeito ao tempo do beneficiário.
O novo decreto prevê dispensa temporária da exigência de biometria apenas onde não houver estrutura suficiente para o cadastramento. Essa exceção será aplicada em situações consideradas excepcionais, com autorização formal entre os ministérios envolvidos.
Hoje, dados do governo apontam que mais de 150 milhões de brasileiros já possuem algum tipo de biometria registrada em bases públicas, principalmente devido à integração dos sistemas de CNH, título de eleitor e passaportes. Por isso, a transição deve ser tranquila para a maior parte do público-alvo dos programas sociais.
O cronograma do novo sistema ainda está em estudo, mas a previsão é de início em novembro de 2025, começando por regiões com mais beneficiários e capacidade operacional. O governo informará com antecedência os locais, datas e canais de atendimento. Durante a transição, todas as etapas respeitarão o calendário a ser definido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
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