Hoje em dia, é possível afirmar que uma pessoa de aproximadamente 40 anos já presenciou diversas transformações no campo financeiro. Os jovens da atualidade, por exemplo, desconhecem o que é um talão de cheques ou um envelope de depósitos que ficava nos balcões dos bancos.
Isso ocorre devido ao notável avanço da bancarização no Brasil. Esse termo se refere à inovação bancária e à adoção de tecnologias como websites e aplicativos. E, com essa evolução, uma mudança significativa está se delineando nos serviços dos bancos.
Primeiramente, o Itaú e, posteriormente, o Santander. Essas instituições bancárias estão estabelecendo uma tendência que provavelmente se consolidará nos próximos meses ou anos.
As entidades financeiras estão percebendo o rápido crescimento do PIX como a principal alternativa para transferências e pagamentos. Como resultado, outras formas de transferência estão ficando obsoletas.
Isso inclui as transferências por Documento de Ordem de Crédito (DOC), que também estão sendo descontinuadas no Santander. O banco anunciou que eliminará a possibilidade de utilizar essa modalidade antes do prazo previsto. Isso se deve ao fato de que a própria Federação Brasileira de Bancos (Febraban) confirmou o fim dessa opção neste ano.
Muitos indivíduos que começaram a utilizar serviços bancários mais recentemente talvez não estejam familiarizados com essa modalidade. Para esclarecer, as transferências por DOC têm um limite de valor de R$ 4.999,99. Desde sua criação, apenas instituições autorizadas pelo Banco Central (BC) podem realizar esse tipo de transação.
É relevante destacar que esse anúncio do Santander ocorre em um momento em que o PIX se tornou a líder das operações financeiras no Brasil. Em contraste, o DOC está na parte inferior da lista, ocupando a última posição, atrás até mesmo de cheques e boletos.
DOC e TED são dois tipos de transferência bancária que permitem enviar dinheiro de uma conta bancária para outra. No entanto, existem algumas diferenças importantes entre os dois serviços.
A principal delas é o tempo de processamento. O DOC é um serviço mais lento, com um prazo de até dois dias úteis para o dinheiro ser creditado na conta do beneficiário. Já o TED é um serviço mais rápido, com um prazo de até um dia útil para o dinheiro ser creditado.
Outra diferença entre DOC e TED é o valor máximo da transferência. O DOC tem um limite de valor de até R$ 4.999,99 por operação. Já o TED não tem limite de valor.
Finalmente, DOC e TED possuem tarifas diferentes. As tarifas cobradas pelos bancos variam de acordo com o tipo de conta e o valor da transferência. No entanto, as do DOC são geralmente mais baixas do que as do TED.
Aqui está uma tabela que resume as principais diferenças entre DOC e TED:
Característica | DOC | TED |
Tempo de processamento | Até 2 dias úteis | Até 1 dia útil |
Valor máximo da transferência | R$ 4.999,99 | Sem limite |
Tarifas | Geralmente mais baixas | Geralmente mais altas |
Em geral, o DOC é uma boa opção para transferências de valores menores e que não precisam ser realizadas com urgência. Já o TED é uma boa opção para transferências de valores maiores ou que precisam ser realizadas com urgência.
Por fim, é fundamental mencionar que não apenas o Itaú e o Santander deixarão de disponibilizar essas transferências. Outros bancos importantes também se manifestaram:
Vale ressaltar que esse cronograma prevê o término definitivo dessa modalidade até o dia 29 de fevereiro de 2024. Em outras palavras, a partir de março do próximo ano, as transferências por DOC não estarão mais disponíveis.
Isso ocorre devido ao crescimento notável do PIX, que oferece transferências sem taxas. A expectativa é que o PIX continue expandindo em 2024, especialmente com a recuperação da economia do país.