De acordo com o diretor relacionamento institucional e cidadania do Banco Central, Mauricio Moura, a instituição vai lançar um programa de implementação de educação financeira para alunos do ensino fundamental de escolas públicas.
Segundo informações do presidente do BC, as escolas vão ter acesso a uma plataforma online. O espaço terá conteúdo e orientação dos temas, que serão integrados a disciplinas obrigatórias dos alunos como português, história, geografia. No primeiro momento, a adesão das secretarias de Educação será necessária. A pasta também terá missão de divulgar o programa para escolas.
Durante apresentação na Semana de Educação Financeira disse que “não é o Banco Central que vai chegar às escolas. Os diretores das escolas que se interessarem é que irão cadastrar as escolas no programa”, disse, complementando que os professor também terão capacidade de se formar no tema. “O programa não deve ser um fardo, deve ser uma solução”, afirmou o diretor.
O projeto terá duração de três anos, a partir de 2019. No primeiro ano, conforme informado pelo Valor Online/G1, está prevista a implementação da plataforma online, além de articulação e divulgação do programa. Em 2020, será a primeira rodada de implementação nas escolas, ainda em caráter de projeto piloto.
Além de São Paulo, será selecionado um Estado em cada região do Brasil. Essa amostra já corresponde a 40% dos estudantes de ensino fundamental. Em 2021, o objetivo é expandi-lo para todo o território nacional. “Após três anos, acreditamos que estará maduro e proto para ser escalado. O Banco Central apresentará o programa pronto”, disse.
As escolas que mais se destacarem serão premiadas, disse o diretor, concluindo que o programa está sendo desenvolvido para ter escala, de chegar em grande número de alunos. “Em vez de ter pessoas indo a cada escola, a plataforma online permite uma escalabilidade muito maior”, disse o gestor.
O presidente Jair Bolsonaro assinou no dia 11 de abril, durante cerimônia de celebração aos 100 primeiros dias de governo, o projeto de lei complementar que prevê a autonomia do Banco Central. Agora, o texto será enviado ao Congresso Nacional.
A independência do Bacen integra as 35 metas prioritárias dos 100 dias de governo. “Tudo isso fornece as bases para o aumento da produtividade, da eficiência na economia e, em última instância, do crescimento sustentável, objetivo da sociedade como um todo”, afirmou o governo. Caso se concretize, a autonomia do banco pode favorecer um novo edital de concurso do Banco do Central, uma vez que o órgão não dependeria mais de autorização do Ministério da Economia para divulgar os seus editais.
É grande a expectativa de abertura do edital de concurso do BACEN (Edital Concurso Banco Central). A instituição protocolou no então Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), agora incorporado ao Ministério da Economia, o pedido de realização de um novo certame para 230 vagas, sendo 200 para Analista e 30 para Procurador. O quantitativo é inferior ao último pleito, solicitado em 2017 com 990 vagas.
A boa notícia é que o processo recebeu quatro novas movimentações na última terça-feira, 09 de abril. A última movimentação foi o envio de um ofício ao secretário-executivo do Banco Central, Adalberto Felinto. A expectativa é que o processo avance até a portaria de autorização, já que a autarquia enfrenta um grave déficit de servidores.
De acordo com a Lei 13.327/16, os salários iniciais para técnico, requisito de nível médio, passarão para R$6.882,57. Já para analista, que tem exigência de nível superior, os ganhos vão chegar a R$17.391,64, já considerando o auxílio-alimentação no valor de R$458. Por fim, os ganhos de Procurador, que exige nível superior em Direito, passaram para R$19.655,67. Anteriormente os salários chegavam a R$6.150,36 para Técnico, R$15.461,70 para Analista e R$17.788,33 para Procurador.