O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (28/08), as informações relacionadas ao seu Boletim Focus, relatório semanal que contém as expectativas do mercado financeiro no país. A princípio, de acordo com o levantamento, houve um aumento nas expectativas sobre a alta do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,31% em 2023.
Todavia, o PIB é amplamente utilizado para medir o desenvolvimento econômico no país, visto que é a soma de todos os bens e produtos produzidos no Brasil. O mercado financeiro havia estimado um crescimento da economia nacional, na semana passada, um pouco menor, de cerca de 2,29% para o ano de 2023.
O relatório Focus do Banco Central entrevistou representantes de diversas instituições financeiras. Alguns analistas apresentaram suas estimativas sobre a economia do país para os próximos anos. Em 2024, espera-se um PIB de 2,33%. Para o ano de 2025, de 1,9% e para 2026, um crescimento da economia de 2%.
Deve-se observar que o Relatório Focus, entrevistou também cerca de 100 agentes financeiros, sobre suas estimativas para os indicadores econômicos do país. Aliás, em relação à inflação, a projeção é a de que ela fique em 4,9%, depois da alta apresentada na semana passada, devido ao reajuste da gasolina feito pela Petrobras.
Desse modo, a estimativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está acima do teto para a inflação de 2023, do Governo Federal. Neste caso, haverá o cumprimento da regra no caso da pressão inflacionária variar entre 1,75% a 4,75%. Se a previsão estiver certa, será o terceiro ano seguido acima do teto estabelecido.
No ano passado, o IPCA ficou na casa dos 5,79%. Em síntese, o Boletim Focus apontou que a inflação de 2024 deve passar de 3,86% para 3,84%. Para os anos de 2025 e 2026, o relatório apresentou uma estimativa de alta de 3,5% no total. Deve-se observar que quanto maior a pressão inflacionária, menor o poder de compra da população.
Os cidadãos mais vulneráveis economicamente são os que mais sofrem com o efeito da inflação no país. Sendo assim, como eles recebem salários menores, e o preço dos produtos aumentam, sua renda continua a mesma. Dessa forma, o Governo Federal luta contra a pressão inflacionária aumentando então, a taxa anual básica de juros, Selic.
O mercado financeiro estima que a taxa Selic termine o ano em 11,75%. Já em relação ao ano de 2024, espera-se que os juros fiquem em 9%. Atualmente o Banco Central e o Comitê de Política Econômica (Copom) reduziram a Selic para 13.25%. É importante salientar que essa foi a primeira redução em um período de três anos.
Em relação ao dólar, o mercado financeiro estima que a moeda americana passe de R$4,95 para R$4,98 neste ano de 2023. A previsão dos economistas para o câmbio de 2024 é que ele passe de R$5,09 para R$5,10. Os analistas também fizeram projeções sobre a balança comercial. Estima-se que haja uma queda neste sentido.
Em síntese, a projeção dos analistas sobre a balança comercial do país, é a de que no final deste ano, ela fique em US$70,9 bilhões. A estimativa no Relatório Focus do Banco Central da semana passada era de US$71,7 bilhões no total. Segundo as projeções, o investimento estrangeiro em 2023 deve ficar em torno de US$80 bilhões.
O Relatório Focus é uma publicação online do Banco Central que traz o resumo das estatísticas calculadas, relacionadas às expectativas do mercado financeiro sobre o andamento da economia do país. Em suma, as informações são coletadas durante a semana, até a sexta-feira, e apresentadas na segunda-feira da semana seguinte.
Nesse sentido, o Relatório Focus apresenta semanalmente, uma evolução gráfica e sobre o comportamento relacionado às expectativas do mercado financeiro. Entre as projeções apresentadas pelo levantamento, destacam-se os índices de preços, atividades econômicas, câmbio, taxa de juros Selic, entre muitos outros indicadores.
Em conclusão, é importante lembrar que o Relatório Focus, se relaciona diretamente com o mercado financeiro. Isso quer dizer que as informações apresentadas, não são do Banco Central. De fato, ele entrevista agentes econômcicos que apresentam suas estimativas. Para receber o boletim todas as semanas, o cidadão pode se cadastrar no site da instituição e receber as informações por e-mail.