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Banco Central divulga data de estreia do Pix por aproximação; confira

O Banco Central (BC) informou a data de estreia da funcionalidade do Pix por aproximação. Este é o sistema que vai permitir que o usuário envie dinheiro sem precisar abrir o app do banco. O procedimento deverá ser semelhante ao que já ocorre hoje com alguns cartões de crédito e débito.

Segundo o Banco Central (BC), os usuários terão que esperar um pouco para usar essa nova funcionalidade do Pix. De acordo com o BC, a ideia é liberar o pix por aproximação apenas a partir do dia 28 de fevereiro de 2025.

Até lá, o Banco Central deverá publicar novas regras mais detalhadas sobre o tema. Entre outros pontos, será necessário definir as instituições financeiras e a responsabilidade delas dentro dessa nova ferramenta. Os testes deverão ser iniciados em novembro. Veja no cronograma abaixo:

  • 31 de julho de 2024: regulamentação específica para a Jornada de Pagamentos Sem Redirecionamento (JSR), nome formal do Pix por aproximação;
  • 14 de novembro de 2024: início dos testes pelas instituições financeiras, para garantir a segurança da funcionalidade;
  • 28 de fevereiro de 2025: Lançamento do produto para a população.

O Pix por aproximação

De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, o consumidor vai poder registrar uma chave Pix nas carteiras digitais, como é o caso da Google Play, por exemplo. Logo depois, ele vai poder usar o pagamento por aproximação da mesma maneira como ele já está acostumado a utilizar o sistema através do cartão de crédito, ou de débito.

Percebemos que podemos fazer algo que pode ser muito rápido. Estamos fazendo uma associação com as carteiras, como Google Pay e Apple Pay, e ao invés de colocar cartão de crédito lá, pode apenas colocar Pix”, disse Campos Neto, durante evento Valor’s Emerging Tech Summit 2024.

“Estamos trabalhando nos acordos com as empresas das carteiras digitais”, disse o presidente do Banco Central ao ser questionado sobre a data em que a nova funcionalidade será liberada para os usuários brasileiros.

Sistema por aproximação já é comum nas compras com cartão. Imagem: Reprodução

Outras novidades

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e o Banco Central (BC) também iniciaram os debates em torno de melhorias no chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), um recurso criado justamente para facilitar as devoluções em casos de fraudes.

Os estudos em torno do tema ainda estão em fase inicial, e a tendência é que o sistema de devolução ainda vá demorar para chegar aos celulares dos brasileiros. De acordo com informações de bastidores, a projeção mais otimista é de que o sistema de devolução só estará pronto em 2026.

Hoje, a avaliação da Febraban é de que os criminosos espalham o dinheiro de golpes e crimes em várias contas diferentes. Isso dificulta a tarefa dos investigadores. A ideia é criar um sistema que aprimore esta investigação e possa identificar estes crimes mais rapidamente, o que permitiria uma devolução.

“A Febraban acredita que o MED 2.0 (nome do sistema de devolução) será um grande avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes e possibilitará também maior êxito no bloqueio e recuperação de valores”, relatou Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban.

Pix bateu recorde

O sistema do Pix, aliás, acabou de alcançar mais um recorde. De acordo com informações do Banco Central (BC), foram registradas mais de 233,1 milhões de transações com Pix na última sexta-feira (5). Trata-se, portanto, de um novo recorde diário.

Antes, o volume mais alto de transações em único dia foi registrado no dia 7 de junho, quando mais de 206,8 milhões de transações foram realizadas, ainda de acordo com informações do Banco Central (BC).

“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, diz o BC, em nota.