Na categoria das transações correntes da balança de pagamentos são informadas todas as transações comerciais de um país no comércio exterior, confira a atualização oficial do Banco Central do Brasil (BCB).
As transações correntes do balanço de pagamentos registraram déficit de US$3,5 bilhões em maio de 2022, ante superávit de US$2,5 bilhões em maio de 2021, de acordo com informações oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), divulgadas na data desta publicação, 26 de agosto de 2022.
Na comparação interanual, houve redução de US$3,9 bilhões no saldo da balança comercial de bens e aumentos de US$743 milhões e de US$1,4 bilhão nos déficits em serviços e em renda primária, respectivamente.
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), o déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em maio de 2022 somou US$32,9 bilhões (1,89% do PIB), ante US$26,8 bilhões (1,57% do PIB) no mês anterior e US$19,1 bilhões (1,30% do PIB) em maio de 2021.
A balança comercial de bens registrou superávit de US$3,4 bilhões em maio de 2022, ante saldo positivo de US$7,4 bilhões em maio de 2021. As exportações de bens totalizaram US$30,0 bilhões, enquanto as importações somaram US$26,6 bilhões, incrementos de 13,8% e de 39,8% em comparação a maio de 2021, respectivamente.
Segundo o Banco Central do Brasil (BCB), o déficit na conta de serviços somou US$2,4 bilhões em maio de 2022, aumento de 45,5% em relação a maio de 2021. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$718 milhões no mês, ante US$139 milhões em maio de 2021.
Na mesma base comparativa, e seguindo tendência dos meses recentes, os fluxos brutos de receitas de viagens expandiram 91,9%, totalizando US$373 milhões, e as despesas de viagens cresceram 227,3%, somando US$1,1 bilhão.
As despesas líquidas de transportes somaram US$821 milhões em maio de 2022, ante US$307 milhões em maio de 2021, aumento de 167,6%. Aluguel de equipamentos registrou despesas líquidas de US$602 milhões.
Segundo recente divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB), em maio de 2022, o déficit na conta de renda primária totalizou US$4,9 bilhões, aumento de 41,2% em relação a maio de 2021. As despesas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para US$4,2 bilhões, ante US$2,0 bilhões em maio de 2021, impulsionadas pelo aumento de US$1,9 bilhões das despesas brutas.
As despesas líquidas com juros somaram US$711 milhões em maio de 2022, ante US$1,5 bilhão em maio de 2021. A redução de despesas brutas de juros concentrou-se em operações de empresas do mesmo grupo econômico.
O Banco Central do Brasil (BCB) informa que os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$4,5 bilhões em maio de 2022, ante US$2,2 bilhões em maio de 2021.
Houve ingressos líquidos de US$6,2 bilhões em participação no capital e saídas líquidas de US$1,8 bilhão em operações intercompanhia. Nos doze meses encerrados em maio de 2022, o IDP totalizou US$60,0 bilhões (3,45% do PIB), ante US$57,8 bilhões (3,38% do PIB) no mês anterior e US$47,3 bilhões (3,22% do PIB) em maio de 2021.
Além disso, os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$3,9 bilhões em maio de 2022, compostos por saídas de US$3,2 bilhões em ações e fundos de investimento e de US$702 milhões em títulos de dívida, informa o Banco Central do Brasil (BCB). Nos doze meses encerrados em maio de 2022, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$5,0 bilhões.
Por fim, as reservas internacionais somaram US$346,4 bilhões em maio de 2022, aumento de US$1,3 bilhão em comparação ao mês anterior, informa o Banco Central do Brasil (BCB). O resultado decorreu, principalmente, das variações por preços e da receita de juros, que contribuíram para elevar o estoque em US$463 milhões e US$501 milhões, respectivamente.