Conforme análise oficial do Banco Central do Brasil (BCB) sobre as expectativas de inflação, a mediana das estimativas levantadas pelo QPC é de impacto de -2,0 p.p. no IPCA.
Consideradas as respostas ao questionário, recebidas entre 3 e 9 de junho, infere-se que, de modo geral, os analistas não incorporaram este impacto em suas projeções centrais de inflação, explica a divulgação oficial.
Mas a possibilidade de que venham a ser aprovadas fez com que os analistas já revissem a avaliação do balanço de riscos para o IPCA em 2022, classificando como preponderantes os riscos de baixa, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Para 2023 houve aumento na proporção de analistas que veem como preponderantes os riscos de alta, refletindo, em parte, a reversão das medidas que impactam o nível de preços apenas em 2022.
Segundo o projeto, bens essenciais não poderiam ser tributados com alíquota superior aos das operações em geral (17% ou 18%, em regra), informa o Banco Central do Brasil (BCB). O projeto também altera a base de cálculo do ICMS sobre energia elétrica e diesel (para o diesel, apenas até o final de 2022).
Sobre o projeto de emenda à constituição nº 16/2022, o Banco Central do Brasil (BCB) informa que os estados que aderissem seriam compensados pela União. Além disso, o projeto incentiva o estabelecimento de alíquota de 12% para o ICMS incidente sobre o etanol hidratado.
Segundo dados do Banco Central do Brasil (BCB), 23% incorporam algum impacto, mas inferior ao impacto potencial estimado. Apenas 3% incorporam totalmente o impacto potencial estimado.
Desde a 237ª reunião do Copom, em março de 2021, os analistas avaliaram que havia predominância de riscos altistas para a inflação de 2022. A alta relevante desde o relatório anterior, passando de 3,70% para 4,70%, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Com isso, situa-se bastante próxima do limite superior do intervalo de tolerância (4,75%). Para 2024, as expectativas se deterioraram na margem, passando de 3,15% para 3,25%, situando-se acima do centro da meta (3,00%), informa o Banco Central do Brasil (BCB).
De acordo com o Banco Central do Brasil (BCB), as medianas das expectativas para 2022 e 2023, de acordo com a pesquisa Focus, sofreram variação relevante entre os dias 9 e 10 de junho, sugerindo incorporação parcial dos efeitos das medidas tributárias detalhadas acima.
A mediana das projeções para 2022 passou de 8,85% em 9 de junho para 8,50% em 10 de junho, com a maior parte da revisão concentrada em preços administrados. A mediana das projeções para 2023 passou de 4,51% para 4,70%, de acordo com as informações oficiais.