Segundo o Banco Central do Brasil (BCB), a Lei nº 14.348, de 25 de maio de 2022, postergou a devolução dos recursos aportados pela União no FGO para 2025 e permitiu a contratação de novas operações de crédito com garantia do fundo com recursos não utilizados e com recursos recuperados.
Ou seja, à medida que os atuais contratos vão sendo amortizados, liberam frações do fundo para a cobertura de novas operações de crédito, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
A Medida Provisória nº 1.114, de 20 de abril de 2022, possibilitou a contratação de crédito por empresas com faturamento anual de até R$300 milhões com a cobertura do FGI até dezembro de 2023, sendo prevista a devolução dos recursos aportados pela União a partir de janeiro de 2024, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
As projeções atualizadas das contas externas indicam manutenção do cenário favorável descrito no Relatório de Inflação anterior. Manteve-se a expectativa de ligeiro superávit em conta corrente – o primeiro desde 2007 – com saldo comercial recorde e déficit na conta de serviços ainda contido, além de manutenção na entrada de fluxos de investimento direto.
As maiores alterações em relação ao Relatório de Inflação (RI) anterior se concentraram nas aberturas da balança comercial, refletindo preços internacionais ainda mais elevados, segundo o Banco Central do Brasil (BCB).
Mesmo após forte revisão altista no RI de março deste ano, houve novo aumento na projeção para as exportações, para patamar que configura recorde histórico, caso confirmado.
A atualização reflete, em grande medida, a elevação dos preços internacionais desde o RI anterior, com destaque para petróleo e derivados, destaca o Banco Central do Brasil (BCB). Além disso, os bons resultados no ano em semimanufaturados de ferro e aço, óleos combustíveis e automóveis ensejaram projeção maior para exportação de semimanufaturados e manufaturados.
O valor projetado para as importações, por sua vez, também foi majorado a patamar que configura novo recorde histórico, se contrapondo à melhora das exportações e resultando em saldo comercial próximo do previamente projetado.
Segundo informa o Banco Central do Brasil (BCB), a alta no valor importado resulta do aumento generalizado nos preços, em contexto de persistência das pressões nas cadeias globais de valor e inflação alta em muitas economias, apesar de queda ligeiramente mais intensa no quantum importado.
Na conta de serviços, manteve-se a projeção de déficit abaixo dos níveis pré-pandemia, refletindo menores despesas líquidas com aluguel de equipamentos, resultado principalmente da internalização definitiva de plataformas de petróleo, e despesas com viagens e transporte de passageiros ainda contidas.