Na última terça-feira (26), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, afirmou que há, no mínimo, 160 mil pessoas recebendo de forma indevida o auxílio emergencial pago pelo governo federal.
De acordo com o ministro, há sócios de empresas com empregados cadastrados, donos de carros que valem mais de R$ 60 mil, proprietários de embarcações e pessoas com domicílio fiscal no exterior na lista de beneficiados pelo auxílio.
Rosário informou que, a CGU está cruzando uma série de dados em busca de fraudes. Ele afirmou que a pasta vai divulgar o número exato de benefícios irregulares, além dos valores pagos.
Ainda, segundo o ministro, o objetivo é, em conjunto com o Ministério da Cidadania, responsável pelo programa emergencial, cortar os pagamentos indevidos conforme eles vão sendo descobertos.
“São várias trilhas de verificação. Estamos verificando sócios de empresas que possuem empregados cadastrados e estão recebendo o auxílio. São 74 mil pessoas nessa situação. Proprietários de veículos acima de R$ 60 mil e que recebem benefício de R$ 600. Doadores das últimas campanhas que doaram mais de R$ 10 mil, como pessoa física, e estão recebendo. Só nessa situação são 86 mil pessoas. Proprietários de embarcações, pessoas com domicílio fiscal no exterior e estão cadastradas para receber o beneficio”, disse o ministro.
O ministro informou, ainda, que a checagem identificou que há, também, presidiários recebendo o benefício. Outra fase em andamento é a identificação de auxílios que foram pedidos de um mesmo endereço IP (código que identifica o dispostivo pelo qual o pedido foi feito), o que pode identificar a existência da fraude.
De acordo com o texto, durante o período de três meses será concedido auxílio emergencial de R$ 600 ao trabalhador que cumpra, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:
O auxílio vai ser cortado caso aconteça o descumprimento dos requisitos acima. O texto também deixa claro que o trabalhador deve exercer atividade na condição de:
A proposta estabelece que apenas duas pessoas da mesma família poderão receber cumulativamente o auxílio emergencial e o benefício do Bolsa Família, podendo ser substituído temporariamente o benefício do Bolsa Família pelo auxílio emergencial, caso o valor da ajuda seja mais vantajosa para o beneficiário. A trabalhadora informa, chefe de família, vai receber R$ 1.200.
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