Auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou 439,7 mil cadastro do auxílio emergencial com irregularidades. O programa começou a ser pago em abril, após ser criado pelo governo para auxiliar as famílias afetadas pela pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o TCU, foram feitos R$ 813 milhões em pagamentos indevidos. O pagamento do auxílio emergencial segue até dezembro de 2020. Ainda de acordo com a análise do TCU, foram identificados mais de 110 mil empresários de alta renda que aparecem entre os beneficiários do programa.
A auditoria revelou que esses empresários são sócios ou responsáveis por empresas que possuem ao menos dois empregados ou repasses de pelo menos R$ 50 mil ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) de abril a junho.
Os dados foram divulgados na última quarta-feira (04) no terceiro relatório de acompanhamento das ações de combate à pandemia realizadas pelo governo. No processo, foi solicitado que o Ministério da Cidadania indique dentro de 30 dias formas para reduzir essas inconsistências.
Segundo o ministério, essa “é uma tarefa complexa, que envolve vários órgãos, mas que tem sido executada com todo o rigor determinado em lei e reforçado pelo presidente Jair Bolsonaro. Tanto é assim que, o índice de inconformidade (suspeitas de fraudes) do auxílio, que é de apenas 0,44%”. A pasta afirmou ainda que o governo recuperou R$ 199,3 milhões em pagamentos indevidos.