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Auxílio Emergencial: “Sem vacinação em massa, nova rodada deve ser estendida”, diz economista

Os novos valores são reduzidos em relação à primeira fase do programa, bem como o número de contemplados. Em 2020, o auxílio chegou a beneficiar 68,2 milhões de pessoas

O retorno do auxílio emergencial ajudará cerca de 45,6 milhões de pessoas, com quatro parcelas de R$ 150 a R$ 375. Segundo economista da UFPE, a quantia que será distribuída por parcelas do benefício é insuficiente para uma restrição social prolongada.

Os novos valores são reduzidos em relação à primeira fase do programa, bem como o número de contemplados. Em 2020, o auxílio chegou a beneficiar 68,2 milhões de pessoas. As reduções se deram pelo orçamento limitado do governo para este ano.

O professor de economia, Ecio Costa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), publicou um estudo no ano passado indicando o alcance e efeitos do auxílio emergencial. Segundo o professor, sem uma campanha de vacinação em massa, que acabe com os números de infectados e mortes do país, a nova rodada do benefício deve ser prorrogada.

“Se tiver um grande percentual da população vacinada e reabrir a economia, não precisa de renovação. Agora, se o alto número de casos e mortes por dia e a necessidade de isolamento social permanecerem, o auxílio vai precisar, sim, ser renovado mais à frente”, diz Costa em entrevista à DW Brasil.

O programa era para ser temporário devido ao alto investimento. No entanto, com a interrupção em 2020, o retorno do auxílio gerou muitos contratempos diante o pico da pandemia no país, de acordo com um questionamento de Costa.

A previsão do Ministério da Economia no final do ano passado, com a cautela das medidas de restrições, era melhorar a movimentação do PIB do Brasil. Porém, sem as condições adequadas de retorno da sociedade, como vacinação, o número de casos de infecção e morte aumentou no país.

Neste sentido, o governo se viu pressionado em atender a população e vários outros parlamentares através de novos benefícios, e retornar com as restrições sociais, como lockdown.

“Abriu-se se a economia, mas não se providenciou uma vacinação em larga escala. E o governo e o Legislativo não se organizaram para retomar rapidamente o auxílio, sabendo que o número de casos estava subindo drasticamente”, diz.

O novo auxílio emergencial distribuirá parcelas no valor de R$ 150 para famílias compostas por um único membro; R$ 250 para famílias com dois ou mais membros e R$ 375 para famílias chefiadas por mulheres (monoparentais). Vale lembrar que apenas um membro por família será contemplado.

Costa ainda diz que esses valores são insuficientes para atender os cidadãos durante um período longo de isolamento, contudo, ajudaria as famílias a se estabelecerem em um “lockdown curto”, de 15 a 30 dias.