O Governo Federal anunciou recentemente a prorrogação do Auxílio Emergencial por mais três meses. Com isso, os pagamentos seguirão até, pelo menos, o próximo mês de outubro. Pelo menos essa é a ideia até aqui. E de acordo com o próprio Ministério da Cidadania, a forma de liberação que se baseia na data de aniversário vai continuar.
Essa é a maneira que o Palácio do Planalto usa para conseguir dividir os beneficiários do Auxílio Emergencial em 12 grupos diferentes. Isso significa dizer portanto que cada um vai receber o programa junto com todos os outros usuários que nasceram no mesmo mês de nascimento. Funciona assim desde o ano passado.
Nem todo mundo gosta dessa forma de liberação. É que, como se sabe, as datas acabam ficando muito diferentes. Quem nasceu em janeiro, por exemplo, já está com a quarta parcela liberada há vários dias. A permissão de saque também já aconteceu para essas pessoas. Quem nasceu em dezembro, no entanto, ainda não teve a liberação desse último saque.
O argumento portanto gira em torno da desigualdade de liberações de um grupo para o outro. Quem nasceu nos primeiros meses do ano normalmente recebe as parcelas do benefício primeiro do que quem nasceu nos últimos meses do ano. E apesar das reclamações, isso deve continuar.
De acordo com a Caixa Econômica Federal, que é o agente pagador do benefício, o Governo intercala esses pagamentos para tentar evitar que todo mundo vá receber o Auxílio de uma só vez. Em tempos de pandemia isso poderia ser portanto um grande problema para essas próprias pessoas. É por isso que eles decidiram fazer a divisão.
Segundo as informações oficiais, essas regras acima vale apenas para os informais que recebem o Auxílio Emergencial. Então todas aquelas pessoas que se inscreveram no programa através do aplicativo entram nesta lógica.
Quem não segue essas regras são as pessoas que recebem o Auxílio Emergencial através do Bolsa Família. De acordo com as informações do Ministério da Cidadania, eles obedecem a um outro calendário.
No caso deles, no entanto, também há uma divisão de grupos. Eles precisam se basear nos algarismos que finalizam o Número de Inscrição Social (NIS). De modo que as pessoas que possuem o 1 nesse lugar recebem o benefício primeiro.
De acordo com informações do Governo Federal, o Auxílio Emergencial do Palácio do Planalto está atendendo cerca de 37 milhões de pessoas em todo o Brasil. Esse número chegou a ser de 39 milhões no início dos pagamentos em abril.
O quantitativo foi caindo por causa de mais de 2 milhões de cancelamentos. A grande maioria deles aconteceu por suspeitas de fraudes. Os 37 milhões que seguem também podem os seus programas depois de reanálises no projeto.
Atualmente, os valores do benefício variam entre R$ 150 e R$ 375 a depender da pessoas que recebem o Auxílio. No caso das mães chefes de família, por exemplo, elas recebem esse montante maior. Pelo menos é isso o que a regra diz.