O Ministério da Economia está admitindo a possibilidade de prorrogar o Auxílio Emergencial por mais quatro meses. Pelo menos é isso o que dizem as informações de bastidores. Neste sábado (22) vários veículos de imprensa repercutiram essa informação.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o programa atual vai oficialmente até o próximo mês de julho. São portanto quatro meses de pagamentos. No entanto, o Ministério pensa em esticar esses repasses até o próximo mês de novembro deste ano.
Isso aconteceria por dois motivos. O primeiro é que a pandemia do novo coronavírus ainda não está passando e não está dando sinais de que vai passar em um futuro próximo. Logo, várias pessoas seguirão sem poder trabalhar e consequentemente sem poder criar uma renda com esse trabalho.
O segundo motivo é que pelas contas do Governo Federal vai sobrar dinheiro dos pagamentos desse Auxílio. Isso porque a quantidade de pessoas que está recebendo o benefício este ano é menor do que eles estavam esperando. Logo, há uma chance de real se sobrar um montante alto no final de julho.
Além de tudo isso, há também uma pressão do Congresso. Parlamentares do grupo político conhecido como Centrão querem que o Governo anuncie logo essa prorrogação. Para esses Deputados e Senadores, a ideia de prorrogar o Auxílio seria melhor do que anunciar o novo Bolsa Família.
Vale lembrar que isso ainda não é uma informação oficial. O Governo Federal ainda precisa portanto bater o martelo quanto a isso. No entanto, informações de bastidores dão essa decisão como quase certa no Palácio do Planalto. Só estaria faltando uma confirmação do próprio Presidente Jair Bolsonaro.
E isso poderia acontecer a qualquer momento. O Congresso está pedindo para que eles confirmem logo essa prorrogação para que o próprio Governo se organizasse em relação aos pagamentos. A Caixa Econômica Federal, que é o banco que faz os repasses, teria que mudar todo o seu planejamento.
Caso o Governo confirme a informação, então as pessoas que estão dentro do Auxílio Emergencial ganhariam uma sobrevida dentro do programa. Isso porque elas iriam receber esse dinheiro durante quase todo o ano de 2021. E depois ainda poderiam tentar entrar no novo Bolsa Família.
Uma possível e provável prorrogação do Auxílio Emergencial não significaria o fim da ideia da criação do novo Bolsa Família. No entanto, significaria um adiamento do projeto. O Ministério da Cidadania queria que esse programa estivesse pronto em agosto.
O Ministro da Cidadania, João Roma, está dizendo em uma série de entrevistas que a ideia dele seria justamente fazer com que o novo Bolsa Família servisse para os “usuários órfãos” do Auxílio Emergencial. No entanto, essa conta não fecha e muita gente teria que ficar de fora.
É que o novo Bolsa Família não seria capaz de atender mais de 20 milhões de pessoas e o Auxílio atual está pagando parcelas para algo em torno de 39 milhões de cidadãos. E sem falar nos cidadãos que estão precisando mas não estão conseguindo entrar no programa. É portanto uma situação complexa.