Nesta semana, o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou ser a favor de uma nova prorrogação do auxílio emergencial atrelada a cortes de despesas do Orçamento. De acordo com o vice-presidente, o país enfrenta uma séria crise econômica e que o déficit esperado para 2021 é de R$ 245 bilhões.
“Para que se estenda esse auxílio emergencial, determinados gastos terão que ser cortados”, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes. “Sou a favor da extensão do auxílio emergencial, desde que não seja algo que vá criar uma dívida ainda mais impagável para o Brasil”.
Em 2020, com o estado de calamidade pública e do orçamento de guerra ativados, o governo conseguiu aprovar o pagamento do auxílio emergencial no Congresso. Até o momento, o benefício foi a principal medida tomada pela União no enfrentamento da pandemia. O benefício foi concedido a 67,8 milhões de brasileiros e custou um total de R$ 322 bilhões.
Incialmente, o plano do governo era pagar R$ 200, mas a Câmara elevou a proposta para R$ 500. No entanto, após um acordo, o governo aceitou aumentar o pagamento do benefício a R$ 600. Nos últimos meses do ano, o auxílio emergencial foi prorrogado no valor de R$ 300.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, atrelou o retorno do auxílio emergencial, ao fim do que chamou de “aumento automático” para educação, salários de funcionários públicos e segurança.
O auxílio emergencial foi concedido em 2020 com o objetivo de minimizar os impactos econômicos da pandemia sobre trabalhadores informais. O valor inicial de R$ 600 foi reduzido a R$ 300 em dezembro.
Ao lado do presidente Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes falou que gastos fixos e indexados no Orçamento impossibilitam esse tipo de ação social no país.
Durante sua declaração, Guedes pediu adesão dos políticos à responsabilidade fiscal e informou que o país não pode gastar exageradamente e deixar contas para serem pagas por futuras gerações.
Aos que solicitam a retomada do auxílio emergencial ou a criação de um novo programa de renda durante a pandemia, Guedes afirmou que, “caso o pior aconteça”, o governo sabe o que fazer.
“Não pode ficar gritando guerra toda hora. Nós temos que ter muito cuidado. Quer criar o auxílio emergencial de novo, tem que ter muito cuidado, pensa bastante. Porque se fizer isso não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, porque a prioridade passou a ser absoluta (para o auxílio)”, disse Guedes.