Até o momento, o financiamento do novo auxílio emergencial não foi definido. No entanto, de acordo com estimativas da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, o novo ciclo de quatro parcelas de R$ 250 deve gerar um custo de R$ 34,2 bilhões.
Esse número foi estimado de acordo com a quantidade de beneficiários da nova prorrogação, correspondendo um total de 45 milhões de brasileiros, entre eles inscritos do Bolsa Família e outros em situação de extrema vulnerabilidade. O governo prevê um pagamento para os meses de março, abril, maio e junho.
Diferente do ano passado, as mães solteiras não receberão cotas dobradas em cada parcela. Todos os grupos receberão uma quantia igual, sem prioridades.
O IFI fez a projeção baseada em um cenário otimista em que os pagamentos de R$ 250 seriam distribuídos em quatro parcelas, para apenas 35 milhões de cidadãos. Neste sentido, o orçamento do governo seria de R$ 24,2 bilhões.
Em contra partida, com uma possível prorrogação de parcelas e aumento no número de beneficiários, seria um gasto de R$ 58,7 bilhões para 50 milhões de famílias por seis meses.
“Esse número de beneficiários vai depender da legislação que criar o auxílio e dos critérios que vão ser colocados para a escolha, os requisitos para entrada no sistema do programa que vai ser lançado. O que provavelmente acontece é que o governo hoje já tem um maior controle a respeito desses dados, em razão da experiência do ano passado, e, provavelmente, ele deve conseguir ter uma melhor capacidade de previsão desse gasto para 2021”, explica Felipe Salto, diretor executivo do IFI.
Para que os gastos ocorressem conforme a projeção do IFI, a União deveria aprovar a prorrogação do auxílio emergencial nesta semana, tendo em vista que a primeira parcela seria liberada para o próximo mês de março. Até o momento não houve quaisquer anuncio oficial sobre o benefício.
O governo apenas apresentou uma perspectiva positiva em relação à prorrogação, novo valor para as parcelas e redução no número de beneficiários. Ainda não foi divulgado o calendário de pagamentos, entre outros assuntos relacionados.