Nesta quinta-feira (04), o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP) confirmou que o auxílio emergencial não terá pagamentos como em 2020. De acordo com Barros, uma revisão na forma de pagamento será necessária.
“Não temos mais decreto de calamidade pública e orçamento de guerra. Isso pressupõe que não teremos auxílio emergencial no formato que foi entregue. O governo vai atender as pessoas que não estão podendo desempenhar sua atividade econômica por conta da pandemia, mas hoje são muito menos pessoas que dependem de fato. O atendimento não pode ser individual. Tivemos quatro pessoas da mesma família recebendo. É preciso haver revisão”, disse Barros durante uma entrevista ao jornal Valor Econômico.
Ainda, segundo Barros, os Ministérios da Cidadania e da Economia estão analisando uma nova forma para o auxílio emergencial, para que seja compatível com o plano fiscal do governo.
“O desenho inicial era criar espaço fiscal a partir da PEC Emergencial. Esse é um caminho, mas equipe econômica e Parlamento podem ter outras ideias. Havendo equação harmônica, rapidamente a proposta passa”, disse o líder do governo.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, teria sido cobrado para dar uma solução para o fim do auxílio emergencial, que teve o seu último depósito feito no mês de dezembro.
As informações são da jornalista Carla Araújo, da Uol. Estiveram presente na reunião os líderes do governo Ricardo Barros (PP-PR), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Fernando Bezerra (MDB-PE) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
A reunião aconteceu com intuito de organizar quais seriam as prioridades do governo neste ano no Congresso, que está sob nova direção. Uma imagem do encontro foi publicada nas redes sociais de Barros.
Durante a conversa, uma dos focos foi a solução para o fim do auxílio emergencial. Foi cogitado a volta do benefício por pelo menos dois motivos, alcançar pessoas de baixa renda que ainda estão sofrendo com os impactos da economia e atrair na geração do presidente Jair Bolsonaro.
Apoiadores já demonstravam preocupação com a popularidade do presidente anteriormente, principalmente levando em consideração o pleito de 2022.