A Caixa Econômica Federal realizou o pagamento do auxílio emergencial para 67,7 milhões de brasileiros. Dos 48 milhões que não faziam parte do Bolsa Família, 33 milhões não tinham conta em banco antes da pandemia, confirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Dessa forma, para garantir o recebimento dos valores do benefício, o banco precisou criar contas no modelo digital.
“Agente conseguiu gerar 33 milhões novos clientes, do ponto de vista de inserção social e digital. São contas gratuitas, pelas quais é possível fazer transferências, pagamentos de contas, pagamentos de boletos. E vão continuar valendo após a pandemia, podendo sacar nos terminais de autoatendimento. Ou seja, o cidadão pode fazer basicamente tudo. Apenas se houver muito consumo, vai passar a pagar as tarifas normais, já que essa conta foi criada com a hipótese de que o público é pessoas mais humildes”, declarou o presidente do banco.
Ainda, de acordo com Guimarães, a aceleração da bancarização apenas foi possível em razão das flexibilizações no recolhimento de dados, aprovadas pelo Banco Central durante a pandemia. Essas mudanças possibilitam também o lançamento de um programa de microcrédito no banco em 2021.
“O microcrédito era um projeto sobre o qual estávamos debruçados já antes da pandemia. Mas a discussão que tínhamos internamente era de que não seria economicamente possível e rentável realizar operações de empréstimo de R$ 100 ou R$ 200 utilizando nossa base de agências, nem os lotéricos. A única maneira era via um aplicativo, o que acabamos desenvolvendo agora. Então a questão da solução via contas digitais acelerou em anos o projeto principal que tínhamos na Caixa”, disse Guimarães.
O presidente informou que a previsão é de que o novo programa chegue ao público em fevereiro ou março do ano que vem.
“Essas pessoas, antes, quando precisavam de dinheiro, tomavam em agiotas ou financeiras, com juros de até 20% ao mês. Após a pandemia, vamos lançar um grande programa de microcréditos, utilizando essa conta digital, e colocá-lo por uma fração pequena do que se cobrava antes dessas pessoas. Vai ser algo muito diferenciado”, concluiu.
As parcelas extras do auxílio emergencial no valor de R$ 300 são válidas apenas para os beneficiários que já estão recebendo o benefício de R$ 600. No entanto, o número de parcelas depende de quando o trabalhador, que não faz parte do Bolsa Família, começou a receber o benefício no valor inicial.
As novas parcelas no valor R$ 300 começam a ser pagas somente após a conclusão das cinco parcelas iniciais de R$ 600. Novas inscrições não serão feitas, portanto, apenas quem foi aprovado para as parcelas de R$ 600 poderá receber as parcelas extras.
A quantidade total de parcelas que o cidadão terá direito vai depender de quando ela começou a receber o auxílio. O máximo são nove parcelas, sendo as cinco primeiras de R$ 600 e as quatro últimas de R$ 300.
Veja também: Saiba o que será pago NESTA semana do auxílio de R$300 e R$600