O Ministro da Economia, Paulo Guedes, falou mais uma vez sobre os pagamentos do Auxílio Emergencial. De acordo com o Ministro, o Governo Federal mostrou responsabilidade com os repasses do dinheiro do programa nos últimos meses. Segundo ele, o Palácio do Planalto manteve as coisas estáveis.
“Justamente abril, maio e junho deste ano, quando entrou de novo o auxílio emergencial, nós mantivemos a responsabilidade e o compromisso com a saúde do brasileiro”, disse o Ministro ao comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no último trimestre. Ele, aliás, também elogiou esse ponto.
De acordo com as informações oficiais, o Brasil não cresceu no último trimestre. Pelo contrário. O país encolheu 0,1. Segundo economistas, isso é algo que pode se chamar de um processo de estagnação. Rapidamente, cientistas políticos disseram que o Governo Federal vai ter muita dificuldade pelos próximos tempos.
Depois de um hiato de três meses sem pagamentos do Auxílio Emergencial, o poder executivo decidiu retomar os repasses do benefício. Essa retomada, aliás, aconteceu ainda no último mês de abril deste ano. A nova versão do programa, no entanto, é nitidamente menor do que a que se viu no ano passado.
De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, em 2020 o Governo Federal chegou a pagar parcelas de R$ 1200 em alguns casos. Hoje, pessoas desse mesmo grupo recebem R$ 375. O número de beneficiários do programa também caiu de algo em torno de 70 milhões de brasileiros no ano passado para 37 milhões agora.
Vale lembrar que ao falar em “responsabilidade”, Paulo Guedes muito provavelmente está falando sobre a questão do teto de gastos públicos. É uma espécie de limite constitucional que indica até quanto o Governo pode gastar.
No ano passado, quando os valores do Auxílio eram maiores, o país estava sob a batuta do período de calamidade pública. Assim, o Governo Federal não estava precisando respeitar o teto dos gastos públicos. Isso fazia com que eles pudessem pagar mais.
Esse período de calamidade pública, no entanto, acabou ainda no final do ano passado. Com isso, os pagamentos do benefício este ano estão notadamente menores. Pelo menos esse é o argumento que o Governo costuma usar com frequência
E aparentemente esse discurso não vai mudar pelos próximos meses. De acordo com as informações de bastidores, esse é o mote que vai estar presente nas conversas em torno da definição dos valores do novo Bolsa Família.
O novo programa, que vai passar a se chamar Auxílio Brasil, deve entrar em cena a partir do próximo mês de novembro. Os valores, no entanto, ainda não passaram por uma definição. Só o que se sabe é que eles não serão muito diferentes do que os projetos atuais pagam.
Em entrevista recente, o próprio Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse que o valor do projeto novo não vai quebrar o teto de gastos. Ele garantiu que o programa vai pagar algo em torno de R$ 300.