Direitos do Trabalhador

Auxílio Emergencial: Freixo diz que Governo está praticando “extermínio”

Em suas redes sociais, o Deputado Marcelo Freixo (PSOL) voltou a criticar duramente o Governo Federal por causa do Auxílio

O Deputado Federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) voltou a fazer duras críticas ao Governo Federal. E mais uma vez a crítica girou em torno do Auxílio Emergencial. De acordo com Freixo, o Palácio do Planalto estaria praticando um “extermínio” contra os brasileiros.

Desta vez, a crítica de Freixo nem foi em relação aos valores do Auxílio, que ele costuma dizer que são baixos. Ele criticou o período de interrupção do programa. De acordo com o Deputado, essa pausa de três meses foi crucial para muita gente que estava precisando do dinheiro.

“Temos cerca de 6.300 brasileiros agonizando na fila por um leito de UTI. Essa tragédia é resultado do boicote permanente de Bolsonaro às medidas de isolamento, o que inclui a suspensão por 4 meses do pagamento do auxílio emergencial. O extermínio é política de governo”, postou Marcelo Freixo.

O Governo Federal pagou o Auxílio Emergencial entre os meses de abril e dezembro do ano passado. Nesse meio tempo, os valores mudaram de R$ 600 para R$ 300. Seja como for, os pagamentos seguiram. Ao todo, quase 70 milhões de pessoas receberam o montante.

Mas em dezembro esse benefício acabou. Então o Governo decidiu paralisar de vez os pagamentos. Essa paralisação, no entanto, durou três meses: janeiro, fevereiro e março. Agora em abril o Governo Federal já retomou os pagamentos com mais quatro rodadas com valores que variam entre R$ 150 e R$ 375.

Paralisação por três meses

O Governo Federal não comentou a publicação do Deputado Marcelo Freixo. Pelo menos não até a publicação desta matéria. Seja como for, sobre esse assunto o Governo já tem um discurso pronto. É o discurso que lembra que o Governo não poderia pagar esses valores sem a instituição do período de calamidade pública.

Quem institui esse período de calamidade pública é o próprio Congresso. E esse período chegou ao fim no último dia 31 de dezembro. Dessa forma, o Governo não poderia fazer novos pagamentos depois disso. É bem verdade que o então Presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) vinha dizendo que não colocaria um novo período de calamidade pública em discussão.

Mas também é bem verdade que o próprio Presidente Jair Bolsonaro não pareceria querer seguir com o Auxílio. Em uma entrevista no final do ano passado, Bolsonaro criticou esses tipos de auxílios e disse que esse dinheiro poderia transformar o cidadão em uma espécie de ser dependente do estado.

Crítica ao hiato sem Auxílio

Seja como for, Marcelo Freixo não está sozinho nessa crítica sobre o Governo. Pelas redes sociais é possível observar centenas de pessoas realizando questionamentos semelhantes. Vários deles perguntam por que o Governo passou esse tempo sem pagar o Auxílio.

Analistas políticos dizem que o Governo não queria mesmo continuar com os pagamentos do Auxílio. O próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, vinha dizendo que os brasileiros iriam se recuperar conseguindo empregos e não recebendo os programas do Governo.

Mas meses depois o próprio Governo Federal mudou de ideia. Analistas dizem que essa mudança aconteceu por trocas de favores na votação para as eleições das presidências da Câmara e do Senado. O Governo, no entanto, nega isso e diz que a mudança de postura aconteceu por causa do recrudescimento da pandemia.