Roberto de Lucena (SP), deputado federal e secretário de Transparência da Câmara, deseja punir quem comete fraude para receber o auxílio emergencial de R$ 600 indevidamente.
O deputado fez projeto de lei que o brasileiro terá que devolver o valor em dobro, nos casos em que a má-fé forem comprovadas. Além disso, o projeto de lei também prevê multa se o valor não for pago em até 12 meses.
“É legítimo e importante que a sociedade queira combater a corrupção no mundo político. Mas é triste quando recebemos notícias de cidadãos que exigem atitudes honestas de seus representantes, e ao mesmo tempo são capazes, por exemplo, de receber o auxílio emergencial indevidamente!”, disse o deputado. “Se esquecem que esses valores poderiam estar ajudando quem de fato necessita e que esse desvio é um ato de corrupção. Essa atitude cruel deve ser veemente combatida e punida com rigor”.
Recentemente, vários casos de fraude viraram de conhecimento do público. Além de milhares de cadastros feitos indevidamente e aprovados, foram feitas pesquisas que apontaram milhares de brasileiros das classes A e B tendo acesso ao benefício. Para piorar, dados de famosos e milionários como Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e o jogador Neymar tiveram os dados usados para cadastro e foram aprovados.
Entre os beneficiários indevidos, ainda há pessoas que moram fora do Brasil, presidiários e pessoas com patrimônio maior que o limite de renda entre os requisitos.