A pandemia da Covid-19 causou grandes impactos na economia do Brasil. Nas ultimas semanas, o governo federal vem discutindo a possibilidade de distribuir novas parcelas do auxílio emergencial.
O governo visa garantir a rotatividade do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. A prorrogação do auxílio é uma forma de assegurar o poder de compra e venda de uma boa parte dos cidadãos.
Dados das pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) confirmam que, sem o benefício, à economia do país recairia mais do que os índices apurados em 2020.
As informações afirmam que a ajuda é a grande responsável em garantir o funcionamento de vários estabelecimentos. Ou seja, muitas pessoas não conseguiriam comprar coisas básicas como alimentos e remédios, sem o auxílio.
Por isso, tais medidas fazem parte de uma atitude política, com o intuito de otimizar o funcionamento da gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Além dessa iniciativa, outra questão pode beneficiar a economia do Brasil, que é o melhoramento do cronograma de vacinação. O economista-chefe, Sérgio Vale explica que a demora na imunização reflete da baixa do mercado.
“Estou otimista com as vacinas, e vejo chance de o programa de imunização acelerar ao longo do caminho, podendo ter impacto potencialmente explosivo lá na frente, já que mais vacinas estão surgindo. No começo, no entanto, a produção, aquisição de insumo, negociação política, é tudo mais lento e podemos entrar numa recessão leve”, diz Vale.
Mesmo com a ajuda do auxílio emergencial, os dados revelam que a situação permanecerá negativa nos próximos meses. De acordo com o IBGE, o número vendas no varejo caiu 6,1% entre dezembro e novembro de 2020.
Mas neste mês, houve uma percentual de 0,2% positivos, o que não superou o declive que ocorreu ao longo do ano passado. O Banco Central (BC) mostrou uma alta de 0,64% através do IBC-Br, porém a porcentagem não foi suficiente para levantar suspeitas de recuperação.
O economista sênior da LCA, Bráulio Borges, diz que se o país conseguisse manter um acréscimo de 3,14% do ISC-Br no quarto trimestre de 2020 sobre o terceiro, o PIB nacional poderia ser finalizado em 3,5%, com um crescimento significante.
“Qualquer crescimento na faixa de 3,0% ou 3,5% (em 2021 como um todo) significará que a economia estará andando de lado. Seria o crescimento mais elevado desde 2013, mas seria ilusório”, afirma Borges.