Direitos do Trabalhador

Auxílio emergencial em 2021 será prorrogado com congelamento de verba da educação e saúde

Ao lado do presidente Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes falou que gastos fixos e indexados no Orçamento impossibilitam esse tipo de ação social no país.

Nesta terça-feira (26), o ministro da Economia, Paulo Guedes, atrelou o retorno do auxílio emergencial, ao fim do que chamou de “aumento automático” para educação, salários de funcionários públicos e segurança.

O auxílio emergencial foi concedido em 2020 com o objetivo de minimizar os impactos econômicos da pandemia sobre trabalhadores informais. O valor inicial de R$ 600 foi reduzido a R$ 300 em dezembro.

Ao lado do presidente Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes falou que gastos fixos e indexados no Orçamento impossibilitam esse tipo de ação social no país.

Durante sua declaração, Guedes pediu adesão dos políticos à responsabilidade fiscal e informou que o país não pode gastar exageradamente e deixar contas para serem pagas por futuras gerações.

Aos que solicitam a retomada do auxílio emergencial ou a criação de um novo programa de renda durante a pandemia, Guedes afirmou que, “caso o pior aconteça”, o governo sabe o que fazer.

“Não pode ficar gritando guerra toda hora. Nós temos que ter muito cuidado. Quer criar o auxílio emergencial de novo, tem que ter muito cuidado, pensa bastante. Porque se fizer isso não pode ter aumento automático de verbas para educação, para segurança pública, porque a prioridade passou a ser absoluta (para o auxílio)”, disse Guedes.

Bolsonaro refaz compromisso com teto de gastos

Durante o evento, o presidente Jair Bolsonaro também defendeu a manutenção do teto de gastos e voltou a informar o motivo de não prorrogar o auxílio emergencial em 2021.

Em 2020, o Congresso aprovou o Estado de Calamidade Pública e o Orçamento de Guerra, que permitiram a concessão do auxílio emergencial de R$ 600 e depois prorrogá-lo por R$ 300 até dezembro.

Tais medidas se encerraram em dezembro, já que em janeiro de 2021 as regras fiscais voltaram a valer. Entretanto, a pandemia se agravou, trazendo novas restrições a atividades econômicas.

O ministro Paulo Guedes criticou gastos fixos do Orçamento que impossibilitam a concessão de benefícios sociais como o auxílio emergencial.

“Pega os episódios de guerra aí e vê se teve aumento de salário durante a guerra, vê se teve dinheiro para saúde, educação. Não tem. Aqui é a mesma coisa. Se apertar o botão ali, vai ter que travar o resto todo”, afirmou Guedes.