O Governo Federal e a Caixa Econômica Federal (CEF) seguiram com os depósitos do auxílio emergencial, no valor de R$ 300, até dezembro. O novo calendário confirma que os saques vão continuar sendo liberados até a próxima quarta-feira, 27 de janeiro.
Inicialmente, o auxílio emergencial estava previstos para ser pago em cinco parcelas de R$600. No entanto, em setembro o benefício foi estendido em mais quatro parcelas de R$300, até dezembro.
É importante destacar que nem todos os benefícios vão receber todas as parcelas adicionais do benefício. A depender de quando teve o cadastro aprovado, alguns terão direito às quatro parcelas, enquanto outros não receberão nenhum pagamento de R$ 300:
Confira o calendário oficial completo a seguir:
Ciclo 5
Depósito em conta:
Saque e transferência:
Ciclo 6
Depósito em conta:
Saque e transferência:
Os casos do novo coronavírus seguem crescendo em todo o Brasil, bem como o número de óbitos. Todo o cenário, semelhante ao início da pandemia, tem deixado muitos deputados federais e senadores preocupados, que buscam pressionar o governo para que o auxílio emergencial seja prorrogado em 2021.
Na última quarta-feira (20), o ministro da Economia, Paulo Guedes, bem como os seus técnicos da pasta, pararam de descartar a volta do auxílio emergencial. Se antes não trabalhavam com um cenário de volta do programa, agora o benefício já é visto como uma das “últimas alternativas” do que consideram “amplo cardápio de medidas”.
Segundo membros da Economia, criar novamente o auxílio emergencial não seria coerente. O programa custou R$ 294 bilhões aos cofres públicos e o governo avalia que pode ser incoerente retomar o auxílio porque as cidades agora estão funcionando “normalmente”, o que não acontecia quando ele foi inaugurado, com a paralisação de atividades e fechamento do comércio.
Segundo um técnico da pasta de Guedes, o auxílio emergencial foi criado para que trabalhadores informais não morressem de fome enquanto estivessem em casa na pandemia. Agora, ele afirmou que “os taxistas estão nas ruas, as cidades estão movimentadas”. Porém, o auxiliar de Guedes afirmou que o governo não quer dar dinheiro para baile funk. “Tem até baile funk acontecendo. Não vamos dar dinheiro para as pessoas irem para o baile funk”, disse.
Os membros da Economia revelam que seja necessário verificar se o aumento de casos de covid-19 no Brasil aconteceu por causa das aglomerações nas festas de fim de ano ou se realmente se trata de uma “segunda onda”. Guedes teria afirmado para auxiliares que, se o Brasil voltar a registrar 1.000 mortes por dia por um longo período e novas medidas de restrição forem retomadas, ficará difícil não voltar com o auxílio emergencial.
No momento, a primeira ordem é buscar alternativas que não causem impacto fiscal para 2021. Estão sendo pensadas as opções de antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados e novos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).