O ministro da Economia, Paulo Guedes, teria sido cobrado para dar uma solução para o fim do auxílio emergencial, que teve o seu último depósito feito no mês de dezembro.
As informações são da jornalista Carla Araújo, da Uol. Estiveram presente na reunião os líderes do governo Ricardo Barros (PP-PR), Eduardo Gomes (MDB-TO) e Fernando Bezerra (MDB-PE) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
A reunião aconteceu com intuito de organizar quais seriam as prioridades do governo neste ano no Congresso, que está sob nova direção. Uma imagem do encontro foi publicada nas redes sociais de Barros.
Durante a conversa, uma dos focos foi a solução para o fim do auxílio emergencial. Foi cogitado a volta do benefício por pelo menos dois motivos, alcançar pessoas de baixa renda que ainda estão sofrendo com os impactos da economia e atrair na geração do presidente Jair Bolsonaro.
Apoiadores já demonstravam preocupação com a popularidade do presidente anteriormente, principalmente levando em consideração o pleito de 2022.
O ministro da Economia, porém, afirmou que deveria haver contrapartidas para de fato o auxílio emergencial ter nova rodada. Entre os planos de Guedes estão andamento das reformas e exigência de não obrigatoriedade de alguns gastos incorridos, essa última medida pensando na dívida pública.
A taxação do mais ricos voltou a ser pauta. Guedes cogitou como possível alternativa a taxação de carros de luxos e iates, por exemplo.
Por outro lado, a preocupação de todos presentes foi respeitar o teto de gastos.
A nova rodada do auxílio emergencial, se de fato se tornar realidade, não deve ser tão abrangente. Isso porque foram encontradas muitas irregularidades no programa.
A jornalista Carla Araújo, da Uol, porém não deu detalhes se o valor ou pagamento do auxílio emergencial está definido. Quando novas parcelas serão pagas também não foi informado.
Novas decisões sobre o auxílio emergencial só devem acontecer após a substituição de titular do Ministério da Cidadania. Onyx Lorenzoni, atual ministro, deve deixar o cargo para assumir uma Secretaria-Geral – ministério que é uma espécie de prefeitura do Planalto.
Ainda haveria a possibilidade de ampliação do Bolsa Família, segundo fontes da jornalista. A ampliação, porém, depende da avaliação de Bolsonaro, já que o projeto já teria sido entregue por Onyx. É esperado que o anúncio da decisão ocorra depois do Carnaval e já com o novo titular da pasta no comando.