O auxílio emergencial vai continuar em algumas localidades do país, independente do Governo Federal. De acordo com um levantamento feito pelo G1, pelo menos oito das 26 capitais lançaram uma versão municipal do benefício. O pagamento do programa continua no Amazonas e na Bahia, com Manaus e Salvador, respectivamente. No restante das cidades, o programa já foi encerrado.
Além das oito capitais que criaram o auxílio emergencial temporário, outras três localidades chegaram a iniciar conversas para liberação do benefício. Entretanto, o benefício acabou não sendo lançado.
Nos últimos dias, aliados do Governo, como, por exemplo, os deputados e senadores, reforçaram o pedido para a volta do auxílio emergencial do governo federal. A última parcela foi paga em dezembro.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o auxílio emergencial deve ter uma nova prorrogação e voltar a ser pago em março deste ano. O presidente ainda não falou sobre o valor da prorrogação, mas adiantou que ele deve ser pago por mais três ou quatro meses.
A informação foi dada durante entrevista coletiva no Maranhão. Bolsonaro participava de cerimônia no Centro de Lançamento de Alcântara para entregar títulos de propriedade rural.
“Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir… com toda a certeza, pode não ser, a partir de março. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal”, afirmou ele.
A equipe econômica de Bolsonaro faz a previsão de que o novo auxílio deve pagar parcelas de R$ 200. Mas o Congresso pensa em aumentar o valor das parcelas. Quando o auxílio foi criado, Bolsonaro e sua equipe defendiam parcelas mensais de R$ 200.
Mas o Congresso foi contra o valor e propôs aumento. As parcelas iniciais do auxílio acabaram por ser de R$ 600 por mês.
Bolsonaro também afirmou hoje que o auxílio emergencial não pode ser um programa permanente e que ele não basta. Para o presidente, é necessário também reabrir o comércio. “Tem que acabar com esta história de fecha tudo, tem que cuidar dos mais idosos e dos que têm comorbidades. De resto, tem que trabalhar. Caso contrário, se nos endividarmos muito, o Brasil pode perder crédito e a inflação vem. A dívida já está em R$ 5 trilhões, aí vem o caos”, afirmou.
Mais cedo, ainda nesta quinta-feira, Bolsonaro afirmou que estava junto à equipe econômica e parlamentares debatendo uma alternativa para prorrogar o programa por mais “alguns meses”. “No momento, a nossa equipe, juntamente com parlamentares, estudamos a extensão por mais alguns meses do auxílio emergencial. Que, repito, o nome é emergencial; não pode ser eterno porque isso representa um endividamento muito grande do nosso país. E ninguém quer o país quebrado. E sabemos que o povo quer é trabalho”, finalizou.