Nesta quarta-feira, 27 de janeiro, a Caixa Econômica Federal faz a liberação de saques e transferências das últimas parcelas do auxílio emergencial para quem nasceu em dezembro e não está cadastrado no programa Bolsa Família.
Segundo informações do banco, os trabalhadores já haviam recebido os dois últimos depósitos no aplicativo Caixa Tem nos últimos meses de 2020.
No ciclo 6, o último previsto, pode haver o pagamento de parcelas acumuladas para completar os cinco depósitos —o mínimo a que todo beneficiário tem direito.
Quem teve o cadastro aprovado em novembro, por exemplo, vai receber as cinco parcelas de uma só vez durante o último ciclo de pagamento, mas fica sem nenhuma parcela do auxílio extensão (de R$ 300).
Os beneficiários que não estão no programa Bolsa Família conta com um cronograma diferente, uma vez que os pagamentos para o grupo são feitos por meio de ciclos. A cada ciclo – são 6 no total -, todos recebem pelo menos uma parcela, independente de qual seja.
O calendário segue sendo feito por meio de duas etapas:
Vale destacar que as datas dos saques e transferências dos ciclos 5 e 6 são as mesmas, ou seja, o beneficiário poderá sacar ou transferir todo o dinheiro que sobrou das últimas parcelas do auxílio.
O Governo manteve a forma de pagamentos por meio de ciclos. Para isso, as datas foram reorganizadas.
Todos os beneficiários recebem uma nova parcela (seja de R$ 600 ou de R$ 300), conforme o mês de aniversário do beneficiário.
Os ciclos não valem para quem está inscrito no Bolsa Família.
Mês de aniversário | Depósito | Saques |
Janeiro | 22/nov | 19/dez |
Fevereiro | 23/nov | 19/dez |
Março | 25/nov | 04/jan |
Abril | 27/nov | 06/jan |
Maio | 29/nov | 11/jan |
Junho | 30/nov | 13/jan |
Julho | 02/dez | 15/jan |
Agosto | 04/dez | 18/jan |
Setembro | 06/dez | 20/jan |
Outubro | 09/dez | 22/jan |
Novembro | 11/dez | 25/jan |
Dezembro | 12/dez | 27/jan |
Mês de aniversário | Depósito | Saques |
Janeiro | 13/dez | 19/dez |
Fevereiro | 13/dez | 19/dez |
Março | 14/dez | 04/jan |
Abril | 16/dez | 06/jan |
Maio | 17/dez | 11/jan |
Junho | 18/dez | 13/jan |
Julho | 20/dez | 15/jan |
Agosto | 20/dez | 18/jan |
Setembro | 21/dez | 20/jan |
Outubro | 23/dez | 22/jan |
Novembro | 28/dez | 25/jan |
Dezembro | 29/dez | 27/jan |
A pressão sob o governo federal para a liberação de novas medidas para conter os impactos da pandemia de coronavírus no país está cada vez maior. Devido a demora de um posicionamento do governo, analistas acreditam em uma nova prorrogação do auxílio emergencial.
De acordo com a publicação da 23ª edição do Barômetro do Poder, promovido pelo InfoMoney, 64% dos analistas entrevistados enxergam altas chances para uma nova prorrogação do benefício concedido pelo governo.
O auxílio emergencial foi o maior programa por parte do governo em 2020, beneficiando cerca de 70 milhões de brasileiros, sendo eles desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de outros programas.
“Sem o auxílio emergencial , com o avanço da pandemia e a popularidade em queda, o presidente não hesitará em confrontar a agenda de Paulo Guedes.”, disse um analista.
“Congressistas voltarão do recesso pressionados a votar a prorrogação de algum tipo de Auxilio Emergencial. Haverá um ‘save face’, mas na prática o Teto de Gastos será rompido”, afirma outro analista.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a prorrogação do auxílio emergencial para 2021. O chefe do executivo federal, após longo período sem tocar no assunto, negou que exista uma ideia de prorrogar o benefício neste momento no Brasil. A declaração de Bolsonaro foi dada para apoiadores na última segunda-feira (25), em Brasília.
Na conversa, um dos apoiadores do presidente perguntou se ele era a favor da prorrogação do benefício em 2021. Bolsonaro respondeu dizendo que lamentava a quantidade de pessoas que estavam passando necessidade no Brasil.
No entanto, ao mesmo tempo, ele disse que não podia fazer muita coisa. Segundo ele, o país não pode gastar muito mais neste momento. Então por essa lógica o país não teria condições de pagar as parcelas para a população.
“A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está no limite”, disse ele.
A fala do presidente acontece alguns dias depois que os seus candidatos à presidência da Câmara e do Senado ventilaram a possibilidade de criação de um novo auxílio. Essa postura acabou irritando diversos setores do mercado.