Uma estimativa feita na segunda-feira (22) pelo Instituto Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, mostrou que o valor que custeará a nova rodada do auxílio emergencial é de R$ 34,2 bilhões. Esse valor considera o pagamento de quatro parcelas no valor de R$ 250, para um total de 45 milhões de beneficiados.
Esses são os valores designados, até o momento, os quais não consideram o pagamento de cota dupla para as mães solteiras e sugere utilizar os recursos do Bolsa Família para ajudar a custear o pagamento para os cidadãos, que só receberiam uma contemplação através do auxílio.
De acordo com o IFI, o novo ciclo do benefício poderia atender 45 milhões de pessoas, sendo 19,2 milhões inscritos do Bolsa Família e outros 25,8 milhões cidadãos do grupo de vulneráveis que ainda necessitam de apoio.
Durante quatro meses, o valor referente do auxílio aos mais carentes corresponderia R$ 45 bilhões, mas R$ 10,8 bilhões já seriam de pagamentos aos integrantes do Bolsa Família.
“O incremento que eles receberão é o que representará o adicional, o programa que está sendo criado fora do teto”, explicou o diretor executivo da IFI, Felipe Salto.
Em relação ao auxílio de 2020, os dados disponibilizados pelo Tesouro Nacional, revelam que o orçamento total foi de R$ 322 bilhões, mas distribuindo R$ 293,11 bilhões. Essa foi considerada a ação mais cara do pacote de mitigação dos efeitos da pandemia.
Mesmo que o ministro da economia, Paulo Guedes, já tenha falado que as novas parcelas serão no valor aproximado de R$ 300, a PEC não determina uma quantia que determine o custeio do auxílio. Sobre isso, o senador Márcio Bittar (MDB-AC) disse que esses critérios serão resolvidos pelo governo, mas afirmou que “imagina” que serão quatro parcelas de R$ 250 a R$ 300.
“Se nós começássemos estipulando um valor ia ter uma enxurrada de propostas pedindo valores mais altos” disse Bittar, acrescentando que “ Imagino que seja algo em torno de quatro meses e algo de R$ 250 a R$ 300”.