Atualmente, o auxílio emergencial vem possibilitando a bandeira de cartão Elo disputar com outras bandeiras líderes nesse ramo, Visa e Mastercard. Os três maiores bancos nacionais, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco, estão competindo silenciosamente para garantir participação nos cartões de crédito e de débito Elo.
As três instituições foram as responsáveis pela criação da Elo Serviços Financeiros S. A., efetivada em março de 2002, a fim de disponibilizar cartões para maior número de cidadãos, inserindo uma bandeira totalmente brasileira em um mercado onde dominavam duas grandes bandeiras internacionais.
Inicialmente, a divisão de ações entre os bancos foi: uma fatia maior de 66,665% para uma empresa criada pelos Bancos, Bradesco (com 50,01%) e Banco do Brasil (49,99%), chamada Elopar e a Caixa com 33,335%. Ainda, ficou acordado de haver revisão de participação de cada um dos bancos a cada quatro anos.
A recompensa para quem mais trabalhasse para a Elo seria uma soma a porcentagem existente do banco ganhador.
Segundo dados mais recentes, do ano de 2019, o lucro líquido da sociedade foi de R$ 419,3 milhões, com ganho de 172% maior que o ano de 2018. Em 2019, o patrimônio líquido era de R$ 591,7 milhões e os ativos de R$ 1,2 bilhão, quanto maior for a ação do banco, maior será sua quantia diante o resultado.
De acordo com relatórios anteriores, a pandemia ocasionada pelo coronavírus, pode ter alterado o resultado da checagem da participação dos bancos na ELO.
A atual situação levou o governo a admitir medidas de isolamento social e criação do auxílio emergencial. O banco selecionado para as transações do auxílio e outros trâmites foi a Caixa Econômica Federal.
A próxima reunião ocorrerá ainda este ano, em março.
A Caixa utilizou a bandeira Elo para emitir milhões de contas digitais, e com esses cartões disponibilizados e lançados no ano de 2020, o banco se destacou no desempenho em parceria com a Elo.
Porém, os outros sócios questionam a validade desse critério. Em uma circunstância atípica que gerou o auxílio emergencial, as operações feitas pela Caixa não deveriam ser contabilizadas.
Contudo, a Caixa se defende, ao declarar que a importância é a utilização da bandeira, o que renderá, também, para os outros bancos envolvidos na empresa.
De acordo com a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), o auxílio emergencial rendeu cerca de R$ 52,6 bilhões nas transações com cartão de débito em 2020, o que possibilitou esse segmento de atingir R$ 815 bilhões em transações no ano. Então, a discussão anterior faz todo sentido.
O benefício aumentou em 22,7% as transações com cartões de débito em 2020, se não fosse esse grande detalhe o resultado previsto seria de 14,8%.