Nesta segunda-feira (07), o secretário de Controle da Gestão Tributária, Previdência e Assistência Social do Tribunal de Contas da União, Tiago Alves de Gouveia Lins Dutra, informou que apenas 5% dos brasileiros que receberam indevidamente o auxílio emergencial devolveram os valores aos cofres públicos.
Durante a sua participação na comissão mista do Congresso que avalia as ações do governo no combate à pandemia do coronavírus, o secretário afirmou que mais de 200 mil pessoas devolveram o benefício. O TCU estima que mais de 7 milhões de pessoas receberam o benefício indevidamente.
“O Ministério da Cidadania criou um site, e mais de 200 mil pessoas já devolveram [os valores recebidos indevidamente]. É muito pouco perto daquilo que foi detectado como pagamento indevido. Algo próximo de 5%, acredito que não passa de R$ 1 bilhão. Mas é muito melhor que havia antes”, declarou o secretário do TCU.
O TCU informou que um total de 3,7 milhões de benefícios foram cancelados, o que gerou uma economia de R$ 8,8 bilhões aos cofres públicos.
Parlamentares da comissão condenaram o desvio de valores no pagamento do benefício. Para o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), “quando o TCU chega para apurar e descobre tudo, já não tem mais jeito”.
“O dinheiro já foi, não tem como recuperar, já passou o tempo. Eu sempre defendi uma fiscalização concomitante à execução. Não podemos mais liberar grandes recursos para determinados projetos e só deixar para verificar depois. Liberamos muito, e percebemos agora que o TCU tem uma série de críticas à execução”, afirmou.
Veja também: Auxílio emergencial: Confira todos os pagamentos e liberações de saque da semana