Economistas que participaram de seminário organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) acreditam que o auxílio emergencial foi responsável por alterar a percepção dos brasileiros sobre medidas de proteção social.
De acordo com esses especialistas, não seria possível fazer o atual modelo de auxílio permanente. Mesmo assim, as políticas de renda básica devem ser ampliadas e isso é um tema importante de ser discutido.
De acordo com o portal UOL, Naercio Menezes filho, professor da USP e do Instituto de Ensino e Pesquisa, concentrar recursos de proteção social nas famílias mais pobres seria uma forma de promover igualdade entre os brasileiros. Segundo ele, essa seria uma forma eficaz e de menor custo de conseguir a igualdade de oportunidades.
“Quando se nasce pobre no Brasil, os problemas se acumulam ao longo da vida e tornam muito difícil a concretização de projetos e sonhos. Isso desestimula os jovens a estudar, a fazer faculdade e a buscar um emprego formal, afetando sua produtividade”, disse ele.
O economista acredita que o Bolsa Família teve sucesso em seu intuito de reduzir a pobreza extrema. Ainda assim, o programa precisaria ser ampliado para ter um resultado melhor. Atualmente, 64% dos pobres do Brasil são atendidos. Metade deles continua pobre mesmo após o benefício. O governo estuda formas de lançar o Renda Brasil, que irá substituir o Bolsa Família, com pagamento maior e atendendo a um público maior.