O auxílio emergencial de R$ 600 foi criado para ajudar trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus. Inicialmente pensado para ser pago em três parcelas de R$ 600. Mas o auxílio foi prorrogado e terá dois meses a mais de pagamento.
De acordo com estudo feito pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), apesar dos problemas encontrados durante o programa, ele cumpriu seu papel de dar amparo aos brasileiros mais pobres. A pesquisa indica que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderia ser 4% menor sem o auxílio emergencial.
A universidade explica que o auxílio garantiu a manutenção da renda de 65,2 milhões de brasileiros que poderiam não ter renda nenhuma durante a quarentena na pandemia. Com o auxílio de R$ 600, esse grupo pode continuar consumindo. E o consumo tem impacto na demanda e, consequentemente, no PIB.
O estudo indica ainda que, por causa da necessidade, boa parte dos R$ 121 bilhões gastos pelo governo com o programa foram usados de forma quase instantânea pelos beneficiários, principalmente para bens de primeira necessidade, como alimentação e remédios.
Ainda de acordo com o estudo, o auxílio de R$ 600 amenizou a queda do PIB em 2% até agora. E o auxílio pode reduzir a queda do PIB em até 4,21% até o fim de 2020, já que ganhou dois meses de prorrogação.
O crescimento de 16,9% do varejo, inclusive, aconteceu em grande parte por causa do auxílio emergencial.