Direitos do Trabalhador

Auxílio emergencial: 7,3 milhões de pessoas receberam indevidamente

O coordenador-geral de Controle Externo da Área Econômica e das Contas Públicas do TCU, Tiago Medeiros, afirma que existem três principais causas que geraram os pagamentos indevidos

De acordo com um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), cerca de 7,3 milhões de pessoas receberam em conjunto um total  de R$ 54 bilhões de auxílio emergencial pago indevidamente.

O coordenador-geral de Controle Externo da Área Econômica e das Contas Públicas do TCU, Tiago Medeiros, afirma que existem três principais causas que geraram os pagamentos indevidos. A primeira, está relacionada a análise de dados para concessão do benefício, que foi baseada em informações desatualizadas e incompletas desde o início, como os de servidores públicos e militares.

A segunda causa foi verificar mensalmente se o cidadão atendido continuava ou não sem uma renda formal. E a terceira causa foi a autodeclaração de renda e composição familiar, um “ponto fraco” do sistema do auxílio emergencial, de acordo com o coordenador do TCU.

“Esse é um caso que não tem solução fácil. A solução seria obrigar o beneficiário a atualizar esses dados mensalmente ou garantir acesso a informações bancárias”, disse.

Ainda, Medeiros explica que se a nova prorrogação do auxílio for baseada nos mesmos critérios da rodada de 2020, aproximadamente 56 milhões de pessoas devem receber o benefício este ano, número este que corresponde à quantidade de pessoas que foram contempladas pelo auxílio em dezembro do ano passado. Se as parcelas do novo ciclo forem no valor de R$ 250, uma despesa mensal de R$ 15 bilhões será gerada, informou o coordenador do TCU.

No entanto, o coordenador deixa bem claro que ainda é preciso saber de todas as novas regras, bem como o valor e a quantidade de parcelas para a volta do benefício. Lembrando que ainda será necessária a aprovação da PEC Emergencial.