De acordo com estudo feito por pesquisadores ligados à Universidade de São Paulo (USP), cerca de 32 milhões de brasileiros podem ficar sem o auxílio emergencial de R$ 600 da Caixa Econômica Federal (CEF).
Os pesquisadores tiveram como base dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostra que aproximadamente seis milhões de brasileiros não receberão o benefício por causa da regra que fixa teto de dois beneficiários por domicílio. Os cerca de 26 milhões restantes seriam barrados pela limitação de renda média anual que a legislação determina.
A questão tecnológica também é uma barreira. Cerca de 7,4 milhões de pessoas que estariam elegíveis para receber o auxílio emergencial vivem em domicílio que não tem acesso à internet. No Ceará, por exemplo, mais de 31% dos domicílios não possuem acesso à internet. A informação vem de dados de 2018, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação.
O estudo conclui que a solução para o problema seria adotar estrutura descentralizada para o pagamento.
Profissionais que atuam na assistência social, como psicólogos e advogados, poderiam auxiliar para que o benefício chegue de forma ágil e evitando aglomerações. Enéas Arrais Neto, coordenador do Laboratório de Estudos do Trabalho e Qualificação Profissional da Universidade Federal do Ceará (Labor-UFC), afirma que a centralização do pagamento pelo governo federal foi uma maneira de concentrar capital político e não destacar governadores e prefeitos, por exemplo.
O projeto altera uma lei de 1993, que trata da organização da assistência social no país. De acordo com o texto, durante o período de três meses será concedido auxílio emergencial de R$ 600 ao trabalhador que cumpra, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:
O auxílio vai ser cortado caso aconteça o descumprimento dos requisitos acima. O texto também deixa claro que o trabalhador deve exercer atividade na condição de:
Desde já, a proposta estabelece que apenas duas pessoas da mesma família poderão receber cumulativamente o auxílio emergencial e o benefício do Bolsa Família, podendo ser substituído temporariamente o benefício do Bolsa Família pelo auxílio emergencial, caso o valor da ajuda seja mais vantajosa para o beneficiário. A trabalhadora informa, chefe de família, vai receber R$ 1.200.
Os trabalhadores poderão solicitar o auxílio emergencial de R$600 das seguintes formas:
Veja também: Dois saques do PIS/PASEP são liberados com valor de até R$1.045