Antes de ser finalizado no ano passado, o auxílio emergencial já contava com apoiadores para a sua prorrogação no início deste ano.
Segundo informações do Ministério da Cidadania, em torno de R$ 300 bilhões foram usados para custear o auxílio emergencial e que cerca de 70 milhões de pessoas receberam o benefício. Inicialmente, as parcelas foram pagas no valor de R$ 600 e depois foi finalizado com o valor de R$ 300.
Diferentes movimentos apoiam a retomada do pagamento do benefício. No entanto, caso haja a prorrogação do auxílio emergencial, não será realizada com os moldes de 2020, sendo necessária a criação de um novo formato de pagamentos.
No Senado Federal e na Câmara dos Deputados, constam 4 projetos de lei para que o auxílio emergencial seja prorrogado em 2021:
Nesta semana, o deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, revelou que o governo federal poderá pagar mais alguns meses de auxílio emergencial. No entanto, ele informou que para isso acontecer será necessário que o orçamento de 2021 seja aprovado. Além disso, ele deixou claro que vai depender do valor e do número de parcelas do benefício.
“Penso que, com Orçamento [aprovado], dependendo do valor e do prazo [do benefício] e respeitando o teto de gastos, tenhamos possibilidade de fazer um auxílio, até que se vote um novo programa permanente [de renda mínima, como o Bolsa Família]”, disse Lira.
O líder do PP revelou que a criação de um novo programa vai ficar condicionada à aprovação da PEC Emergencial pelo Congresso Nacional. A PEC estabelece a redução dos gastos públicos por meio da redução salarial dos servidores, suspensão de concurso e o fim de municípios que não puderem se sustentar financeiramente.
“Para criar um programa novo, para institucionalizar um programa inclusivo, nós temos de discutir e aprovar a PEC emergencial, para que a gente reduza despesas e faça um orçamento mais flexível e, na sequência, vote as reformas administrativa e tributária”, afirmou. Lira tem sua candidatura apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em seu discurso final, Lira criticou a ideia de convocar o Congresso ainda em janeiro, como defende o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para deliberar sobre assuntos como o caos da saúde pública de Manaus e a prorrogação do auxilio emergencial.