Após conclusão de pagamentos do auxílio Emergencial em dezembro de 2020, a Caixa Econômica Federal confirmou que vai continuar efetuando a liberação dos últimos saques do benefício neste mês de janeiro de 2021.
Os saques liberados correspondem aos ciclos 5 e 6, em que ambos possuem o mesmos calendários. Até agora, foram liberados os valores para quem nasceu em março e abril, nos dias 4 e 6. Na próxima semana, serão liberados três saques, aos nascidos em maio, junho e julho.
De acordo com o calendário a liberação vai acontecer até o próximo dia 27 de janeiro.
De acordo com informações do Governo Federal, para que seja aprovada a proposta de prorrogação do benefício seria preciso que o estado de calamidade pública também fosse prorrogado, pois assim o orçamento não ficaria limitado ao teto de gastos. Caso isso aconteça, membros do Governo temem que a credibilidade político econômica do Brasil fique abalada.
Inicialmente, quando o benefício do auxílio foi criado, ele teria duração de apenas 3 meses. Porém, como a crise do coronavírus está durando mais tempo que o previsto e milhões de brasileiros estão em situação de vulnerabilidade. Por conta disso, o Governo concordou com o pagamento de mais duas parcelas de R$600. O que significou uma despesa de, aproximadamente, 50 bilhões por parcela.
Após o pagamento das 5 parcelas de R$600, o benefício do auxílio foi prorrogado por mais 4 parcelas de 300 reais, cada. O Governo já gastou mais de 250 bilhões com o pagamento do benefício e não tem espaço fiscal para a prorrogação do auxílio até 2021.
Segundo o texto da Medida Provisória 1.000, “Fica instituído, até 31 de dezembro de 2020, o auxílio emergencial residual a ser pago em até quatro parcelas mensais no valor de R$ 300,00 (trezentos reais) ao trabalhador beneficiário do auxílio emergencial”.
Atualmente, o presidente Jair Bolsonaro vem sendo pressionado para prorrogar o auxílio emergencial. Entretanto, o presidente descarta essa possibilidade. Na última quinta-feira, 07 de janeiro, ele ironizou o assunto durante conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Um dos apoiadores do presidente que estava no local afirmou que Bolsonaro aumentou muito sua popularidade no interior do Amazonas por causa do auxílio emergencial. O presidente optou por não se comprometer com o auxílio em 2021 e ironizou o tema, afirmando que ninguém mais irá trabalhar caso ele pague R$ 5 mil por mês para os brasileiros.
“Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido foi nos Estados Unidos. Aqui alguns querem torná-lo definitivo. Foram quase 68 milhões de pessoas. No começo, foram R$ 600. Vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês, ninguém trabalha mais, fica em casa”, ironizou o presidente.